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Bolsas de NY fecham em forte alta com chances de corte de juros nos EUA

4 jun 2019 - 17h40
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Os mercados acionários americanos encerraram a sessão desta terça-feira, 4, com ganhos expressivos, apoiados pela possibilidade de redução nas taxas de juros nos Estados Unidos diante de sinais pontuais emitidos por dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Papéis de gigantes de tecnologia mostraram forte recuperação após o sell-off visto na segunda-feira, ao mesmo tempo em que ações de grandes bancos também foram procuradas pelos agentes e deram apoio aos indicadores de ações nova-iorquinos.

Na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), o índice Dow Jones recuperou a marca dos 25 mil pontos ao subir 2,06%, para 25.332,18 pontos, ao mesmo tempo em que o S&P 500 avançou 2,14%, para 2.803,27 pontos. Já o Nasdaq eletrônico apresentou alta de 2,65%, para 7.527,12 pontos.

Depois de pregões marcados pela preocupação dos investidores com tarifas mais altas e com a desaceleração do crescimento econômico, o Fed se viu no centro das atenções dos investidores após os rendimentos dos títulos públicos americanos despencarem e precipitarem um pedido dos mercados por cortes nas taxas de juros pelo Fed. De acordo com os contratos futuros dos Fed funds, compilados pelo CME Group, as apostas de que o banco central americano efetuará ao menos uma redução de 25 pontos-base nos juros atingiram 96,7%, após comentários feitos pelo presidente do Fed, Jerome Powell.

Em evento da distrital de Chicago da autoridade monetária, Powell retirou a paciência de seu discurso e enfatizou que o Fed agirá "apropriadamente" para sustentar a expansão econômica nos EUA. "Os mercados condicionaram, nos últimos dez anos, que o Fed se tornou o seu melhor amigo para sempre, e, se eles não veem o Fed reagindo rapidamente, forçam a mão do banco central. Precisamos que o Fed lidere os mercados, e não que ele siga as vontades dos investidores", avalia o chefe da assessoria econômica da Allianz e ex-CEO da Pimco, Mohamed El-Erian.

Os sinais de Powell, embora ainda muito pontuais, se somaram ao alerta feito na segunda-feira pelo presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, quando disse que uma redução nos juros "pode ser justificada em breve". Assim, a possibilidade de redução dos juros em solo americano se fez mais forte para os investidores. "Se há evidências no lado do crescimento de que há uma atividade econômica sufocada por causa da incerteza, acho que haverá uma reação", apontou a estrategista-chefe da BNY Mellon Investment Management, Alicia Levine.

Apesar da possibilidade de corte nas taxas, papéis de bancos apresentaram ganhos robustos e ajudaram a impulsionar os principais índices acionários americanos. Enquanto o Goldman Sachs subiu 3,65%, o Citigroup apresentou alta de 5,22% e o Bank of America teve ganho de 4,65%. O avanço nos mercados, porém, foi liderado por papéis de tecnologia. As ações da Apple tiveram valorização de 3,68% um dia depois de a companhia revelar novidades no sistema operacional de seus produtos, um novo Mac e o fim do iTunes. Outras giant techs afetadas pela possibilidade de investigações pelo Executivo e pelo Legislativo dos EUA também se recuperaram - casos da Amazon (+2,18%), Alphabet (+1,52%) e Facebook (+2,04%).

Estadão
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