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Bolsas de NY fecham em alta com negociações comerciais EUA-China no foco

22 fev 2019 - 20h55
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Os mercados acionários americanos encerraram a sessão desta sexta-feira, 22, em alta, após mais uma rodada de negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. Pela primeira vez desde setembro, o índice Dow Jones voltou a fechar acima da marca simbólica de 26 mil pontos e a apresentar valorização pela nona semana consecutiva, consolidando a maior onda de ganhos semanais desde 1995. O índice Nasdaq também encerrou sua nona semana seguida de avanços, a maior sequência em dez anos.

Em Wall Street, o Dow Jones fechou em alta de 0,70%, cotado a 26.031,81 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,64%, para 2.792,67 pontos. Na semana, o Dow Jones avançou 0,53% e o S&P 500 apresentou valorização de 0,52%. Já o índice eletrônico Nasdaq ganhou 0,91%, aos 7.527,54 pontos, com alta semanal de 0,59%.

Após uma intensa semana de negociações em Washington, as conversas entre autoridades americanas e chinesas não chegaram ao fim nesta sexta-feira, como esperado. A comitiva do país asiático, liderada pelo vice-primeiro-ministro Liu He ficará por mais dois dias na capital dos EUA para novas reuniões com a delegação americana, que é liderada pelo representante comercial, Robert Lighthizer, e pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin. Hoje, os dois lados se reuniram na Casa Branca e, em rápidos comentários, o presidente Donald Trump se mostrou otimista quanto a um possível acordo com a China. O tom positivo de sua fala, porém, foi seguido com mais cautela pelos demais presentes no encontro.

Lighthizer disse que alguns obstáculos "muito grandes" permanecem para que um acordo sino-americano seja fechado, enquanto o secretário do Comércio dos EUA, Wilbur Ross, afirmou que "é um pouco cedo para champanhe". Mesmo assim, foi o otimismo de Trump que imperou nos negócios, que até chegaram a perder fôlego pontualmente, mas viram o índice Nasdaq fechar na máxima do dia. O apoio ao indicador veio dos papéis de giant techs, que têm suporte de um ambiente comercial menos tenso: a Apple fechou em alta de 1,10% e a Alphabet, controladora do Google, subiu 1,12%. Na avaliação do economista-chefe da Renaissance Macro Research, Neil Dutta, as bolsas em Nova York podem subir 11% se houver uma resolução comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Os agentes também continuaram de olho em diversos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). O tom "dovish" predominante permitiu que o ambiente positivo nas bolsas se espalhasse, principalmente depois que a maioria dos dirigentes defendeu que o portfólio de ativos do Fed pare de ser reduzido este ano.

Também nesta sexta-feira, as ações da Kraft Heinz foram duramente penalizadas e despencaram 27,46% depois que a empresa disse que lançou uma baixa contábil de US$ 15,4 bilhões, referente à redução do valor recuperável de alguns ativos e do valor de alguns ativos intangíveis. Com isso, a Kraft registrou prejuízo de US$ 12,6 bilhões no trimestre. Em termos ajustados, o lucro foi de US$ 0,84 por ação, enquanto analistas esperavam ganho ajustado de US$ 0,94 por ação.

Estadão
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