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Bolsas da Europa têm recuperação modesta após dados, mas Turquia segue no radar

14 ago 2018 - 08h02
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Após dias de forte pressão, a lira turca avança frente ao dólar e os mercados da Europa mostram menos preocupação com o quadro na Turquia e reagem a uma série de indicadores. Não se pode dizer, porém, que os problemas enfrentados pelo país e também os riscos que pairam sobre a Itália tenham saído do radar. De qualquer modo, o quadro nesta manhã é de recuperação modesta nas bolsas europeias.

Às 7h40 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,28%, a 385,97 pontos, com os setores de alimentos e bebidas e produtos pessoais e para residências em destaque. Mesmo as ações de bancos em geral subiam, após dias sob pressão diante de preocupações com a exposição de algumas das companhias europeias do setor financeiro à Turquia.

O país governado por Recep Tayyip Erdogan continua a ser alvo de cautela dos investidores, com o temor de que o quadro negativo na economia e nas finanças e a disputa diplomática com os EUA possam terminar em uma crise mais profunda. Nesta manhã, porém, há menor tensão com a Turquia, um dia após o banco central local anunciar medidas para tentar acalmar os investidores e a Bolsa de Istambul proibir vendas a descoberto, também para evitar mais volatilidade e perdas. Embora alguns analistas tenham apontado que as medidas do BC turco devem ser insuficientes, por ora houve um pouco de retirada de pressão sobre a lira, que recuperava parte das fortes perdas recentes frente ao dólar. Ainda no câmbio, o euro e a libra também subiam em relação à moeda americana.

O quadro italiano também chama a atenção nos últimos dias. Os políticos locais têm negociado o Orçamento, que pode gerar disputas com a União Europeia e temores sobre a sustentabilidade das contas do país. A Berenberg, por exemplo, alertou hoje que as incertezas na Itália e na Turquia devem prejudicar o UniCredit no curto prazo. A ação do banco recuava 0,30%, na Bolsa de Milão.

Investidores avaliam vários indicadores. O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro, por exemplo, foi revisado para cima e cresceu 0,4% no segundo trimestre ante o primeiro, com expansão anual de 2,5%, superando as expectativas de altas de 0,3% e 2,1%, respectivamente, que eram as preliminares do dado. O PIB da Alemanha avançou 0,5% na mesma comparação trimestral e cresceu 1,8% ante o segundo trimestre de 2017, também superando as previsões. Na Ásia, por outro lado, a produção industrial e as vendas no varejo avançaram menos que o esperado em julho.

Entre as notícias corporativas, Antofagasta tinha baixa de 5,96%, após balanço do primeiro semestre que desagradou o mercado. Outra mineradora, a Rio Tinto, recuava 1,32% em Londres, após os dados modestos da indústria chinesa, que pressionavam o cobre.

Às 7h48 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,04%, Frankfurt avançava 0,28% e Paris tinha alta de 0,30%. Em Milão, a alta era de 0,21%, Madri ganhava 0,18%, mas Lisboa recuava 0,01%. No câmbio, o euro subia a US$ 1,1409 e a libra tinha alta a US$ 1,2780.

Estadão
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