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Bolsas da Europa fecham em queda robusta, após dados de PMI e piora de NY

24 jan 2022 - 14h53
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As bolsas da Europa fecharam em queda robusta nesta segunda-feira, 24, em meio à aversão ao risco geral nos mercados internacionais. Investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quarta, enquanto avaliam o iminente conflito geopolítico na Ucrânia. Além disso, dados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) no continente, divulgados hoje, em geral, desapontaram.

O índice Stoxx 600, que abrange algumas das principais empresas de capital aberto do continente europeu, fechou em baixa de 3,81%, a 456,36 pontos.

Analista da CMC Markets, Michael Hewson destaca que os "investidores parecem estar assustados com várias coisas". "Para começar, a mudança de tom dos bancos centrais parece sugerir que eles começaram tardiamente a se preocupar com a forma como os recentes aumentos de preços podem se tornar mais incorporados", afirma.

O Fed vai divulgar sua decisão de política monetária na quarta-feira. "O consenso atual é para um aumento inicial da taxa em março, seguido por mais dois ou três aumentos que podem levar a taxa para 1% até o final do ano", disse Richard Hunter, analista da Interactive Investor. O índice VIX de volatilidade, considerado um termômetro do "medo" nos mercados, subia mais de 20%, por volta do fechamento europeu.

Outro fator que vem assustando os mercados é o conflito geopolítico entre Estados Unidos e Rússia. Hoje, o governo dos EUA ordenou que as famílias de seus diplomatas na capital da Ucrânia, Kiev, deixem o país. Segundo o governo americano, a medida se deve a uma "ameaça persistente de uma operação militar russa". Além disso, A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que está enviando mais navios e jatos de combate para o Leste Europeu, assim como mobilizando forças adicionais.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 encerrou a sessão com perda de 2,63%, a 7.297,15 pontos. Papéis da Unilever subiram 7,31%, após a notícia de que o investidor ativista Nelson Peltz comprou uma participação na empresa.

Investidores digerem a rodada de índices de atividade (PMIs) da Europa. Leitura prévia da IHS Markit mostra que o PMI composto da zona do euro caiu mais do que o esperado em janeiro, à medida que o setor de serviços foi prejudicado pela disseminação da variante Ômicron do coronavírus. Os PMIs britânicos também decepcionaram.

O índice DAX, referência em Frankfurt, perdeu 3,80%, a 15.011,13 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, caiu 4,02% nesta segunda, a 25.972,90.

Em Paris, o CAC 40 se desvalorizou 3,97%, a 6.787,79 pontos. A Renault caiu 3,18% em Paris. Um relatório da Reuters, citando fontes anônimas, disse que a montadora deve anunciar com os parceiros Nissan e Mitsubishi um plano para investir mais de US$ 23 bilhões no desenvolvimento de veículos elétricos. Outras montadoras como Volkswagen (-5,47%) e Stellantis (-7,12%) tinham quedas robustas.

Nas praças ibéricas, o PSI 20, de Lisboa, registrou recuo de 2,75%, a 5.429,40 pontos.

Já o Ibex 35, de Madri, recuou 3,18%, a 8.417,80 pontos.

* Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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