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Bolsas da Europa fecham em queda com tratativas comerciais e emergentes

5 set 2018 - 14h32
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Em mais um dia de cautela com tratativas comerciais entre Estados Unidos e seus parceiros e com economias emergentes, os mercados acionários da Europa fecharam em queda nesta quarta-feira, 5, apesar da aparente amenização das preocupações com questões locais, como o Brexit e a discussão orçamentária na Itália. O índice pan-europeu Stoxx-600 registrou baixa de 1,09%, para 375,69 pontos.

O índice FTSE 100, de Londres, recuou 1,00%, para 7.383,28 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, caiu 1,39%, para 12.040,46 pontos. Já em Paris, o CAC 40 registrou baixa de 1,54%, aos 5.260,22 pontos, ao passo que o FTSE MIB, em Milão, cedeu 0,09%, aos 20.581,78 pontos, e o Ibex 35, em Madri, recuou 0,80%, para 9.301,30 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 perdeu 1,39%, aos 5.294,33 pontos.

Enquanto aguardam novidades sobre as negociações entre os EUA e o Canadá e também entre a Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI), ambas em andamento na capital americana, as bolsas europeias acompanham os desdobramentos das conversas para chegar a um acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e a definição da discussão orçamentária na Itália, questões locais que impulsionaram as moedas do continente durante o dia.

De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, o Reino Unido e a Alemanha abandonaram importantes exigências relacionadas ao Brexit, o que deve facilitar o percurso para um acordo entre o governo britânico e o bloco europeu. Com a informação, a libra acelerou ante o dólar. Mais cedo, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que as autoridades continuam trabalhando por um entendimento que seja favorável ao país.

A notícia impulsionou também o euro, que já mostrava alta tímida ante o dólar após o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, ressaltar em comunicado que seu governo segue trabalhando nos detalhes de um plano financeiro que "mantenha as contas em ordem" e permita ao país buscar "um relançamento completo no nível socioeconômico". Ele afirmou ainda que o país trabalha em reformas estruturais "em favor da competitividade", que serão "parte integral das medidas econômicas". A bolsa de Milão chegou a operar em alta em meio às informações, mas voltou a cair em sessão volátil.

A manhã também foi de indicadores do Velho Continente. Na zona do euro, o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto cresceu de 54,3 em julho para 54,5 em agosto, pouco acima da previsão de alta para 54,4, informou a IHS Markit. Na Alemanha, o PMI composto registrou alta a 55,6 em agosto, enquanto as expectativas eram de alta a 55,7, também segundo a IHS Markit, enquanto no Reino Unido o PMI de serviços avançou de 53,5 para 54,3 no período, ante projeção de alta pouco maior, a 54,5, segundo a IHS Markit/CIPS. Já o dado das vendas do varejo da zona do euro recuou 0,2% de junho para julho, em linha com as projeções, na leitura da Eurostat.

Estadão
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