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Bolsas da Europa fecham em queda com incerteza sobre comércio global

13 nov 2019 - 15h37
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As bolsas europeias fecharam em território negativo nesta quarta-feira, 13, com dúvidas sobre o comércio global, principalmente em relação a um acordo preliminar entre Estados Unidos e China, diante da falta de um sinal firme de avanços. Os investidores europeus também assimilavam a decepção em relação ao discurso, ontem, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não faz quaisquer comentários sobre a expectativa de um eventual adiamento na imposição de tarifas sobre carros de montadoras europeias. O esperado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês), Jerome Powell, previamente escrito para ser apresentado no Congresso americano e divulgado pela imprensa antes da sua transmissão, não trouxe elementos capazes de alterar o mau humor dos mercados no Velho Continente.

O índice pan-europeu Stoxx 600 teve queda de 0,25%, aos 405,86 pontos.

Ao longo da manhã, investidores já operavam com dúvidas sobre os desdobramentos das negociações sino-americanas, analisando a fala ambígua de Trump que afirmou estar "próximo" de um acordo mas, ao mesmo tempo, disposto a elevar tarifas de importação de bens da China "de forma bastante substancial" se as negociações fracassarem.

Os mercados acompanharam hoje, também, a divulgação de indicadores macroeconômicos do continente, que contribuíram para uma busca maior por segurança nos mercados. Mesmo com a produção industrial da zona do euro trazendo números um pouco melhores do que o esperado pelos analistas, ela mostrou alta mensal de apenas 0,1% em setembro ante agosto, com recuo anual de 1,7%. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do Reino Unido desacelerou para 1,5% em outubro, na comparação anual - estava em 1,7% em setembro. Com isso, apesar ter vindo em linha com as projeções, a inflação atingiu o menor nível desde novembro de 2016, afastando-se ainda mais da meta do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), de 2%. Em relação a setembro, a baixa foi de 0,2%, ante expectativas de recuo de 0,1%.

Em Londres, o índice FTSE 100 recuou 0,19%, aos 7.351,21 pontos. As ações da Rio Tinto caíram 1,66%, as da Antofagasta recuaram 1,86% e os papéis do HSBC desvalorizaram 0,22%.

Ainda nesta quarta-feira, foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha, que subiu 1,1% em outubro em relação o mesmo mês de 2018, em linha com as projeções e confirmando dados preliminares. Na margem, a alta foi de 0,1%. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX fechou com perdas de 0,40%, aos 13.230,07 pontos. As ações do Deutsche Bank amargaram perdas de 4,44%, os papéis Volkswagen recuaram 1,13%.

Em Paris, o índice CAC 40 fechou em queda de 0,21%, aos 5.907,09 pontos. Os papéis do grupo francês de varejo Casino caíram 2,81%. A empresa anunciou hoje que obteve 750 milhões de euros para refinanciamento por meio de oferta pública de compra de títulos e que, com isso, alongou o vencimento de sua dívida. Por outro lado, na semana passada a Comissão Europeia anunciou a abertura de uma investigação antitruste que envolve Casino e Les Mousquetaires (Intermarché). Entre outros destaques, Crédit Agricole perdeu 1,92%, no setor bancário.

Na Itália, o índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, caiu 0,86%, aos 23.578,43 pontos. Entre os papéis mais negociados, Intesa Sanpaolo caiu 1,39% e Telecom Italia, 0,06%.

O índice IBEX 35, da Bolsa de Madri, caiu 1,21%, a 9.194,50 pontos, com as dificuldades do quadro político espanhol no radar. A Oxford Economics ainda destaca em relatório a deterioração da perspectiva fiscal espanhola. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 0,19%, aos 5.293,74 pontos.

Estadão
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