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Bolsas da Europa fecham em alta, reagindo a negociações entre EUA e China

20 ago 2018 - 13h48
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A perspectiva de resolução das tensões comerciais entre Estados Unidos e China impulsionou os mercados acionários da Europa a fecharem em alta o pregão desta segunda-feira, 20, ainda que as preocupações com a Turquia e a Itália continuem no radar. O índice pan-europeu Stoxx-600 registrou avanço de 0,65%, para 383,45 pontos.

As negociações entre Washington e Pequim devem ocorrer até quarta-feira e, em novembro, espera-se um encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping.

Lideraram os ganhos o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, que avançou 0,99%, aos 12.331,30 pontos, o CAC 40, de Paris, que registrou alta de 0,65%, aos 5.379,65 pontos, e o Ibex 35, da Bolsa de Madri, que subiu 0,54%, para 9.468,60 pontos.

Em seguida, o índice FTSE 100, de Londres, mostrou avanço de 0,43%, aos 7.591,26 pontos, enquanto o FTSE MIB, de Milão, teve alta de 0,27%, para 20.470,97 pontos, e Lisboa subiu 0,32%, para 5.478,78 pontos.

Investidores continuam a monitorar as tensões financeiras na Turquia e as disputas comerciais com os EUA. Nesta segunda, Ancara entrou com uma queixa na Organização Mundial de Comércio (OMC) contra as tarifas adicionais impostas sobre seu aço e seu alumínio por Washington, depois que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, se comprometeu a combater "ataques econômicos".

A nota de crédito do país foi rebaixada na sexta-feira pelas agências de classificação de risco Moody's e S&P.

Analistas da BMO Capital Markets acreditam que "o pêndulo das preocupações de contágio com mercados emergentes voltou-se para 'talvez não seja tão ruim' e, ao fazê-lo, permitiu um certo grau de valorização das ações globais". Por outro lado, com a pressão sobre o sistema bancário da Turquia em meio à instabilidade financeira e à desvalorização da lira ante o dólar, "o risco de uma crise mais severa ainda é presente", aponta a consultoria britânica Capital Economics.

Em solo italiano, ainda segue a expectativa pela definição do orçamento para o próximo ano fiscal, que pode apresentar gastos maiores do que o estimado e violar as normais da União Europeia (UE).

O subsecretário do gabinete do governo da Itália, Giancarlo Giorgetti, pediu ao Banco Central Europeu (BCE) nesta segunda-feira para ir mais devagar na retirada de estímulos. O pedido é mais um sinal da preocupação de Roma com a alta nos juros dos títulos da dívida do país depois que o banco deixar de comprar as dívidas do governo.

Em um dia de poucos indicadores, foi divulgado o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha, que subiu 0,2% de junho para julho e teve alta de 3% na comparação anual.

Estadão
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