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Bolsas da Europa e Nova York fecham em alta, de olho em indicadores econômicos; Ásia cai

Indicadores de atividade e emprego vieram um pouco abaixo do esperado nos Estados Unidos, mas índice de gerentes de compras europeu teve melhor desempenho desde julho de 2020

5 mai 2021 - 17h40
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As Bolsas da Europa e de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 5, de olho em indicadores relacionados ao desempenho das economias americana e europeia. Na Ásia, no entanto, os índices fecharam em queda, afetados por feriados locais e pelo avanço da pandemia no continente.

Na agenda de indicadores, o relatório de geração de empregos no setor privado em abril dos Estados Unidos veio um pouco abaixo do esperado, mas analistas continuam a esperar recuperação robusta adiante, prevendo números melhores no relatório (payroll) desta sexta-feira, 7. Já o índice de atividade industrial do setor de serviços americano caiu de 63,7 em março para 62,7 em abril, contrariando a expectativa de analistas de alta a 64,1.

Os resultados abaixo do esperado vão de encontro com o posicionamento do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que tem reforçado a necessidade de manter sua política de estímulos e juros baixos inalterada. Segundo os executivos da entidade monetária, a economia dos EUA vai bem, mas não o suficiente a ponto de conseguir caminhar sozinha, sem medidas de apoio.

Já na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI) composto da zona do euro subiu de 53,2 em março para 53,8 em abril, na leitura final. Este é o maior nível desde julho de 2020. "A economia manteve-se acima da água no início do segundo trimestre, e, ainda mais, graças ao fortalecimento sustentado da indústria de transformação e à atividade melhor do que o esperado nos serviços", comenta o economista-chefe para zona do euro da Pantheon Macroeconomics, Claus Vistesen.

Bolsas de Nova York

Apesar dos indicadores abaixo do esperado, os índices de Nova York encerraram em alta. Dow Jones subiu 0,28%, batendo novo recorde histórico de fechamento, enquanto o S&P 500 avançou 0,07%. O Nasdaq foi o único a ir na contramão, em queda de 0,37%.

Bolsas da Europa

O dado positivo sobre a economia europeia deu força ao índice pan-europeu Stoxx 600, que subiu 1,82%. A Bolsa de Londres teve ganho de 1,68%, a de Paris avançou 1,40% e Frankfurt subiu 2,12%. Milão, Madri e Lisboa tiveram altas de 2,03%, 1,56% e 0,93% cada.

Bolsas da Ásia

Na Ásia, feriados no Japão, China e Coreia do Sul prejudicaram os negócios no continente. Além disso, o avanço da pandemia também preocupa. A Índia bateu novo recorde diário de mortes em decorrência do coronavírus, com 3.780 óbitos em 24 horas.

A Bolsa de Hong Kong caiu 0,49%, enquanto a de Taiwan cedeu 0,53%. Na Oceania, a bolsa australiana tomou o rumo oposto das asiáticas e fechou com alta de 0,39%.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo abriram com ganhos, mas perderam força durante o dia e terminaram próximos da estabilidade, sem sinal único. A commodity perdeu fôlego após os dados do relatório semanal de estoques dos EUA, que apontaram queda de 7,99 milhões de barris na última semana, ante previsão de queda de 2 milhões de barris dos analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal. Os estoques de gasolina, por outro lado, subiram 737 mil barris e contrariaram a projeção de queda de 900 mil barris.

O WTI para junho fechou em baixa de 0,09%, em US$ 65,63 o barril, enquanto o Brent para julho subiu 0,12%, a US$ 68,96 o barril. O avanço da pandemia na Índia, um dos maiores consumidores de petróleo do mundo, também preocupa o mercado. /MAIARA SANTIAGO, IANDER PORCELLA, GABRIEL BUENO DA COSTA E MARIA REGINA SILVA

Estadão
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