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Bolsas da Ásia e Europa sobem de olho em recuperação da economia dos EUA; Nova York cai

Queda nos pedidos de auxílio-desemprego no país americano animaram os investidores, mas chance de Biden aumentar os tributos dos mais ricos desagradou

22 abr 2021 - 17h50
(atualizado às 18h13)
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As Bolsas da Ásia e da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira, 22, com os investidores de olho na chance de recuperação rápida da economia americana, mas ainda preocupados com o avanço da covid pelo mundo. Em Nova York, a possibilidade de Joe Biden elevar os impostos sobre ganho de capital desagradou os índices.

Na política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) cumpriu a expectativa e manteve a política monetária inalterada. A presidente da entidade monetária, Christine Lagarde, previu que a inflação na zona do euro ganhará fôlego ao longo deste ano, mas disse ser prematuro discutir uma redução nas compras de títulos. Segundo ela, essas compras podem inclusive ser recalibradas, para sustentar a economia.

Além disso, também agradou o novo dado semanal dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que tiveram queda de 39 mil na última semana, a 547 mil, ante previsão de 603 mil dos analistas. O resultado faz crescer que a maior economia do mundo está em plena recuperação.

A pandemia, no entanto, continou no radar. A Índia é o principal foco de preocupação na Ásia, com mais de 314 mil novos casos da doença nas últimas 24 horas, um recorde global - por lá, preocupa ainda os surtos de casos no Japão. O Brasil, que vem liderando nos números diários de óbitos, também gera apreensão, assim como o Leste Europeu, que tem mostrado uma alta nas internações.

Bolsas de Nova York

Apesar do dado positivo nos EUA, investidores não gostaram da proposta do presidente Joe Biden, de elevar tributos sobre ganhos de capital para os mais ricos. Em resposta, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq cederam 0,94%, 0,92% e 0,95% cada. A possibilidade afetou os ganhos também do mercado de títulos do Tesouro americano, com os papéis com vencimento para dez e trinta anos em quedas de 1,554% e 2,232%, respectivamente.

Bolsas da Europa

Na Europa, após a decisão do BCE, o clima foi positivo, com o índice pan-europeu Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, em alta de 0,68%. A Bolsa de Londres subiu 0,62%, enquanto a de Paris teve ganho de 0,91% e a de Frankfurt avançou 0,82%. Os índices de Milão, Madri e Lisboa registraram altas de 0,98%, 1,61% e 1,16% cada.

Bolsas da Ásia

No continente asiático, o bom humor ante a recuperação da economia dos EUA segurou os índices. A Bolsa de Tóquio teve forte alta de 2,38%, enquanto a de Hong Kong avançou 0,47% e a de Seul subiu 0,18%. Na China, o índice de Xangai recuou 0,23%, mas o de Shenzhen subiu 0,48%. A Bolsa de Taiwan registrou perda de 0,61%.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul hoje, com alta de 0,83%.

Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em leve alta hoje, após quedas recentes, observando sinalizações sobre a demanda. O avanço da covid, especialmente na Índia, terceiro maior consumidor mundial, segue levando cautela ao mercado. Nos Estados Unidos, a Cúpula do Clima foi alvo de atenção, com líderes de EUA, Brasil e Alemanha, entre outros, apresentando hoje seus planos de neutralizar a emissão de carbono até 2050.

No caso de Biden, o democrata afirmou ainda que o país quer cortar a emissão de carbono pela metade até o fim desta década. Já o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, informou o objetivo do país de parar de exportar petróleo bruto, utilizando as reservas do óleo apenas para demanda interna, mas não estabeleceu prazo. Em resposta, o WTI para junho fechou em alta de 0,13%, a US$ 61,43 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês avançou 0,12%, a US$ 65,40 o barril. /MAIARA SANTIAGO, GABRIEL BUENO DA COSTA E MATHEUS ANDRADE

Estadão
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