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Bolsas asiáticas fecham mistas após tarifas, mas chinesas são destaque positivo

2 set 2019 - 06h53
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As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, após China e Estados Unidos imporem tarifas a mais produtos um do outro no fim de semana, numa prolongada guerra comercial que ameaça a perspectiva de crescimento da economia mundial. Os mercados chineses, porém, tiveram sólidos ganhos após Pequim voltar a sinalizar com mais estímulos e também em reação a dados positivos sobre a manufatura local.

Neste domingo (01), os EUA passaram a tarifar mais US$ 112 bilhões em bens chineses, enquanto a China também começou a impor tarifas retaliatórias a parte de uma lista de US$ 75 bilhões em produtos americanos.

Apesar da nova ofensiva na rixa comercial sino-americana, o presidente dos EUA, Donald Trump, reafirmou ontem que a retomada das negociações bilaterais ainda está prevista para este mês.

As ações da China, no entanto, foram favorecidas por fatores locais.

O índice de gerentes de compras (PMI na sigla em inglês) do setor industrial chinês medido pela IHS Markit em parceria com a Caixin Media subiu de 49,9 em julho para 50,4 em agosto, com a leitura acima da barreira de 50 sinalizando que a manufatura da segunda maior economia do mundo voltou a se expandir. No entanto, dados oficiais mostraram no sábado que a atividade manufatureira chinesa encolheu pelo quarto mês consecutivo em agosto.

Já o Conselho Estatal da China, que corresponde ao gabinete do país, afirmou em comunicado ontem que atribui "grande importância" ao desenvolvimento de setores como os de infraestrutura e de alta tecnologia, assim como à transformação de indústrias tradicionais.

O Shenzhen Composto, que é formado em boa parte por empresas de tecnologia de baixo valor de mercado, terminou o pregão desta segunda com alta de 2,26%, a 1.614,92 pontos, na esteira do comunicado do gabinete chinês. O Xangai Composto, principal índice acionário da China, subiu 1,31%, a 2.924,11 pontos.

Por outro lado, o Nikkei caiu 0,41% em Tóquio, a 20.620,19 pontos. O volume de negócios no mercado japonês, que envolveu apenas 802,81 milhões de ações, foi o mais fraco de 2019. Um feriado hoje nos EUA, por ocasião do Dia do Trabalho, pode ter comprometido a liquidez no Japão e em outras partes da Ásia.

O Hang Seng recuou 0,38% em Hong Kong, a 25.626,55 pontos, após mais um fim de semana de manifestações populares no território semiautônomo. Mas o sul-coreano Kospi registrou alta marginal de 0,07% em Seul, a 1.969,19 pontos, e o Taiex avançou 0,16% em Taiwan, a 10.634,85 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana interrompeu uma sequência de quatro pregões de valorização, pressionada em especial por ações de petrolíferas. O S&P/ASX 200 caiu 0,38%, a 6.579,40 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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