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Bolsas asiáticas fecham majoritariamente em baixa com tensões entre EUA e China

7 mai 2020 - 06h54
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As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta quinta-feira, influenciadas por tensões entre EUA e China e apesar do desempenho melhor do que o esperado da balança comercial chinesa no último mês.

Nos negócios da China continental, as perdas foram modestas hoje: o índice Xangai Composto caiu 0,23%, a 2.871,52 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,12%, a 1.788,21 pontos.

Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que a China "pode ou não" manter o acordo comercial bilateral firmado no começo do ano entre as potências. Segundo Trump, só será possível saber se os chineses estão ou não cumprindo suas obrigações na fase 1 do pacto comercial "em cerca de uma semana ou duas".

Desde a semana passada, EUA e China vêm protagonizando uma polêmica sobre a origem da pandemia de coronavírus. Para autoridades de Washington, o surto teria começado devido a uma "falha" em um laboratório de Wuhan, cidade chinesa onde os primeiros casos da doença foram registrados. Recentemente, Trump ameaçou voltar a impor tarifas a produtos chineses.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng se desvalorizou 0,65% em Hong Kong hoje, a 23.980,63 pontos, e o sul-coreano Kospi teve baixa marginal de 0,01% em Seul, a 1.928,61 pontos, mas o Nikkei subiu 0,28% em Tóquio, a 19.674,77 pontos, ao voltar de três dias de feriados no Japão, e o Taiex avançou 0,63% em Taiwan, a 10.842,92 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o viés negativo da região asiática, e o S&P/ASX 200 caiu 0,38% em Sydney, a 5.364,20 pontos.

O mau humor predominou mesmo após os últimos números da balança comercial da China, que superaram as expectativas. Na comparação anual de abril, as exportações chinesas tiveram uma inesperada alta de 3,5%, enquanto as importações diminuíram 14,2%. Analistas previam queda de 18,8% nas exportações e recuo mais acentuado nas importações, de 15,8%.

Já o índice de preços de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços chinês subiu de 43 em março para 44,4 em abril, segundo pesquisa da IHS Markit com a Caixin Media, mas permaneceu abaixo da marca de 50 que indica contração da atividade. Com informações da Dow Jones Newswires.

Estadão
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