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Bolsa sobe 0,42% com alta de ações da Petrobrás

Papéis da estatal subiram 1,68% e 2%; dólar à vista encerrou o dia estável, valendo R$ R$ 3,7588

2 ago 2018 - 18h41
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O mercado brasileiro de ações teve mais um pregão de ganhos nesta quinta-feira, 2, sob influência das bolsas de Nova York e do desempenho individual de alguns papéis específicos, como Petrobrás e Ultrapar. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, terminou o dia aos 79.636,69 pontos, com ganho de 0,42%. O volume de negócios com ações na B3 somou R$ 8,7 bilhões.

Depois de um pregão com oscilações em torno do último fechamento, o dólar à vista encerrou o dia estável, valendo R$ R$ 3,7588. No exterior, a moeda americana registrou valorização. Pela manhã, o fortalecimento global contagiou o câmbio local, e o dólar chegou à máxima do dia de R$ 3,7815 (+0,60%) no mercado à vista.

A melhora de humor gerada pelo cenário corporativo nos Estados Unidos contribuiu para o viés positivo à tarde e o Ibovespa chegou a subir 0,75% no melhor momento do dia. Pela manhã, o temor de intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China gerou aversão ao risco, impondo queda à bolsa brasileira, que chegou a 0,92% na mínima do dia. O cenário eleitoral doméstico foi repleto de notícias, mas nada concreto foi anunciado, como fechamento de novas alianças ou definição de candidatos a vice-presidente.

As ações da Petrobrás foram o grande destaque de alta e de volume negociado na Bolsa. Os papéis subiram 1,68% (ON) e 2,00% (PN), em resposta ao avanço expressivo dos preços do petróleo e à proximidade da divulgação do balanço trimestral da empresa, que acontece nesta sexta-feira.

Já Ultrapar ON disparou 7,56% e foi a maior alta do Ibovespa, depois de divulgar resultado trimestral melhor que o esperado, mostrando menor impacto da greve dos caminhoneiros que o inicialmente estimado. "Apesar de ter sido um resultado ruim, impactado pela greve, houve uma reação foi positiva nas ações por correção dos exageros recentes", disse Glauco Legat, analista da Spinelli Corretora.

Em Nova York, a chegada da Apple à marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado restaurou o otimismo dos investidores do mercado norte-americano com ações do setor de tecnologia. Com isso, o índice Nasdaq subiu mais de 1% e ajudou a puxar para cima o S&P 500 e reduzir as perdas do Dow Jones, que ainda refletia as novas pressões dos Estados Unidos para sobretaxar a importação de produtos de origem chinesa. Apesar da baixa correlação entre as "techs" e o mercado brasileiro, a melhora de humor em Nova York foi importante para a recuperação do Ibovespa.

Apesar do monitoramento ao noticiário sobre Alckmin, Ciro e Marina, ainda há grande expectativa com o desfecho do imbróglio envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato. "Lula ainda representa cerca de 30% nas pesquisas e não se sabe até que ponto ele poderá transferir esses votos. É um dos maiores riscos do cenário eleitoral para quem espera um candidato reformista", disse Glauco Legat, da Spinelli.

Dólar

O descolamento do real de suas pares no exterior nesta tarde tem como principal explicação o ingresso de recursos estrangeiros no País, seja pelo canal financeiro ou exportador. Segundo o sócio e gestor da mesa de moedas da Absolute Investimentos, Roberto Serra, persistem as evidências de fluxo cambial positivo.

"[O ingresso de recursos] não foi só para Bolsa. Foi um fluxo geral", disse o gestor. Esse movimento começou no mês passado e teve como principal alavanca, em julho, a notícia de apoio do Centrão ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB). Ao que tudo indica, diz o gestor da Absolute, é um ingresso de recursos que pode continuar, ainda que o cenário eleitoral persista absolutamente incerto.

No exterior, a alta aconteceu, resumidamente, por dois fatos. O primeiro foi o temor pelo retorno da guerra comercial entre EUA e China, após o presidente Donald Trump ameaçar uma taxa de 25% - e não apenas 10% - sobre mercadorias importadas da China. O segundo foi o impacto sobre a libra esterlina do aumento da taxa de juros pelo Banco da Inglaterra (BOE) somado a incertezas em torno da saída do país da zona do Euro (Brexit).

Estadão
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