Bolsa recua 2,4% nesta quinta-feira, fechando em queda pelo 3º pregão seguido
Menor apetite a risco no exterior e ruídos na transição de governo contribuíram para o resultado negativo no mercado de ações; dólar teve alta de 0,2% e se aproximou de R$ 3,75
O menor apetite ao risco no exterior e a falta de definições e ruídos de comunicação na transição de governo contribuíram para que o Ibovespa, principal índice de ações do País, fechasse em queda pela terceira sessão seguida, ainda num movimento de realização dos fortes ganhos acumulados em outubro.
Sem novidades relevantes no cenário político, o mercado acionário chegou a subir pela manhã, mas perdeu tração. O Ibovespa encerrou em baixa de 2,39%, aos 85.620,14 pontos, na mínima do dia. No mercado cambial, o dólar à vista se manteve volátil e acabou em alta de 0,22%, a R$ 3,7479.
Um dos fatores que formaram o cenário negativo foi a divulgação da decisão de política monetária do Federal Reserve. O banco central americano manteve os juros na faixa entre 2,00% e 2,25%, conforme esperado, mas destacou a força da economia e do mercado de trabalho. A avaliação foi recebida pelo mercado como uma tendência de que a instituição monetária pode acelerar a alta de juros no país.
Colaborou para o mau humor interno a aprovação, na quarta-feira à noite, pelo Senado, do reajuste de 16,38% aos ministros do STF, apesar dos apelos públicos do presidente eleito Jair Bolsonaro para que isso não ocorresse.