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BofA reduz a 1,75% previsão para Selic ao fim de 2020

11 ago 2020 - 11h57
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O Bank of America revisou para baixo sua expectativa para a Selic ao fim deste ano, depois de considerar que a ata do Copom veio mais "dovish" (inclinada a queda dos juros) do que o comunicado da semana passada.

Sede do Banco Central em Brasília
27/11/2019
REUTERS/Ueslei Marcelino
Sede do Banco Central em Brasília 27/11/2019 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

O BofA espera agora que o juro básico termine o ano em 1,75%, ante previsão anterior de 2,00%, patamar no qual a Selic está agora.

Mas o banco norte-americano projeta nova redução da taxa apenas na reunião dos dias 27 e 28 de outubro, com estabilidade no encontro do Copom previsto para 15 e 16 de setembro.

"O BC esclareceu que, se houver mais cortes, eles podem ser espaçados", avaliaram David Beker e Ana Madeira em relatório.

"O Banco Central está preocupado com a inflação bem abaixo das metas e também com os riscos de uma recuperação da atividade mais lenta do que o esperado. Sobre a assimetria de riscos, o banco também esclareceu que (ela) vem do fiscal. Apesar desse risco, ainda se espera inflação abaixo da meta no horizonte relevante para a política monetária", acrescentaram.

No entendimento dos profissionais, o BC quer mais tempo para monitorar os riscos fiscais, por isso sinalizou cortes espaçados. "Uma maior flexibilização além desse nível (de 1,75%) vai depender do debate sobre o teto de gastos, que já está esquentando", finalizaram.

O BC divulgou a ata do Copom mais cedo e, no documento, afirmou que a Selic está próxima de um limite a partir do qual poderia provocar instabilidade nos preços de ativos. Na semana passada, o colegiado cortou a Selic em 0,25 ponto, a nova mínima histórica de 2,00% ao ano.

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