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BNDES prevê desembolso de R$97 bi em 2018, diz presidente

6 nov 2017 - 13h06
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O BNDES espera desembolsar 97 bilhões de reais em 2018, uma alta de cerca de 26 por cento em relação à previsão de 77 bilhões em 2017, disse o presidente do banco de fomento, Paulo Rabello de Castro, nesta segunda-feira.

Segundo ele, o incremento nos desembolsos se dará na esteira da expectativa de um crescimento maior do PIB, de cerca de 3 por cento em 2018.

O presidente do BNDES afirmou durante evento da revista Exame, no Rio de Janeiro, que aposta num salto nas liberações de capital de giro para micro, pequenas e médias empresas neste último bimestre do ano. Com isso, os empréstimos do BNDES este ano ficariam "ligeiramente abaixo dos 80 bilhões de reais".

"Os 77 bi devemos atingir sem coeficiente extra de aceleração. Gostaríamos de chegar a 80 bilhões se conseguirmos acrescentar mais 500 milhões por mês no BNDES Giro", acrescentou referindo-se à linha de financiamento do banco para capital de giro das empresas.

Diante da fraca demanda por crédito, o governo decidiu cobrar esse ano a devolução de parte dos recursos emprestados pelo Tesouro ao BNDES ao longo dos últimos anos, que totalizaram cerca de 500 bilhões de reais. Só esse ano, o BNDES devolveu 50 bi de reais ao Tesouro e a União demanda mais 130 bilhões em 2018.

"O BNDES é especialista em milagres e vamos conseguir ajudar o governo e fazer com que o BNDES Giro, gire", disse Castro.

O presidente do banco de fomento defendeu o uso de parte das reservas internacionais para ajudar o governo a resolver o déficit fiscal e otimizar a governança de empresas estatais. Segundo ele, o governo poderia usar até 30 bilhões de dólares das reservas internacionais para essa finalidade.

"As reservas internacionais fazem parte da segurança financeira do Brasil. Usar 20 bilhões ou 30 bilhões (de dólares) não afetariam a segurança do país", disse Castro. "Esses recursos poderiam ser usados para acelerar um processo de desestatização, em tese da Eletrobras...o fundo compraria cotas no país e anteciparia a compra de parte de uma estatal qualquer com entrada de um sócio privado", afirmou o presidente do BNDES.

"Esse processo bota mais dinheiro no bolso de quem vende, e, a União tem que vender ao melhor preço. Antecipa recursos e otimiza gestão da empresa", acrescentou.

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