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BMW vai pagar 3,6 bilhões de euros por controle de montadora na China

Montadora ampliará sua fatia, de 50% para 75%, na joint venture com empresa chinesa Brilliance China

12 out 2018 - 04h11
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A BMW pagará 3,6 bilhões de euros (US$ 4,2 bilhões) para assumir o controle de sua principal joint venture na China, no primeiro movimento do tipo de uma montadora global de veículos e que ocorre após Pequim começar a relaxar regras de controle estrangeiro sobre o maior mercado automotivo do mundo.

A BMW afirmou na quinta-feira, 11, a que vai ampliar sua fatia na joint venture com a Brilliance China Automotive, de 50% para 75%, com o acordo sendo concluído em 2022, quando as regras do país que limitam o controle estrangeiro sobre montadoras instaladas no país forem liberadas.

O negócio deve levar a BMW a transferir mais produção para a China no momento em que Washington trava uma guerra comercial com Pequim que elevou o custo para o grupo alemão importar carros fabricados em sua fábrica na Carolina do Sul. A BMW é uma das maiores exportadoras de veículos dos EUA para a China.

O acordo também é um marco para montadoras internacionais, que são limitadas a ter no máximo 50% de qualquer empresa chinesa e têm que dividir lucros com o parceiro local. Com isso, o negócio pode incentivar rivais como a Daimler a fazer o mesmo.

"Estamos embarcando em uma nova era", disse o presidente-executivo da BMW, Harald Krueger, em Shenyang, onde a joint venture está instalada. Ele agradeceu ao premiê chinês, Li Keqiang, que "pessoalmente apoiou" o plano.

A joint venture pretende investir ¤ 3 bilhões em uma grande expansão de capacidade produtiva que receberá uma nova fábrica, disse Krueger.

Mas analistas da indústria temem que as vendas de veículos na China possam cair este ano pela primeira vez em décadas. As vendas no país caíram em julho e agosto.

Entretanto, o vice-presidente financeiro da BMW, Nicolas Peter, afirmou que a companhia segue otimista. "Estamos absolutamente convencidos de que o mercado tem potencial de crescimento adicional."/ REUTERS

Estadão
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