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Belo Monte poderá gerar 1.800 MWh médios a menos em 2022 após decisão judicial

18 jun 2021 - 19h24
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A hidrelétrica Belo Monte, no rio Xingu (PA), poderá ter uma perda de 1.800 MWh médios em 2022, chegando a 6.000 MWh médios em fevereiro e em março, caso se mantenha decisão judicial desta sexta-feira, que reduz a vazão da usina para a geração de energia, informou a sua concessionária Norte Energia em comunicado.

Local onde está a usina de Belo Monte durante o período de construção da hidrelétrica 
23/11/2013
REUTERS/Paulo Santos
Local onde está a usina de Belo Monte durante o período de construção da hidrelétrica 23/11/2013 REUTERS/Paulo Santos
Foto: Reuters

O cenário ocorre em um momento em que o governo tem lançado mão de diversas medidas para garantir o abastecimento de eletricidade do país, diante de uma grave crise hídrica nos reservatórios do Sudeste.

A queda de geração, frisou a companhia, poderá deixar de contribuir ainda com cerca de 7,5% dos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) no próximo ano.

Na decisão, a Justiça acatou pedidos de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal, cancelando um acordo entre a Norte Energia e o órgão ambiental federal Ibama em fevereiro. O acordo entre as partes garantia o desvio de 80% das águas do rio Xingu para as turbinas da usina, segundo o MPF.

"A redução de geração da UHE Belo Monte provocado por este hidrograma representará um agravamento de cerca de 3,2% do GSF (risco hidrológico), e perdas estimadas para o Sistema Interligado Nacional (SIN) da ordem de 3,5 bilhões de reais", afirmou a empresa no comunicado.

A Norte Energia informou que ainda não foi notificada oficialmente da decisão, mas que tomará as medidas cabíveis.

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