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BCE não deve fazer grande alteração na política monetária em março, dizem fontes

1 mar 2018 - 14h38
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As autoridades do Banco Central Europeu devem debater uma pequena mudança na sua postura de comunicação durante a reunião do dia 8 de março, mas não é esperada nenhuma grande alteração na política monetária, disseram três fontes com conhecimento direto das discussões.

Preocupados com a recente turbulência nos mercados, a força do euro e a queda na inflação, autoridades preferem esperar, talvez até o verão, antes de começar a sinalizar o fim do programa de compra de ativos, disseram as fontes.

Depois de ter comprado mais de 2 trilhões de euros em títulos, há expectativa de o banco encerrar seu esquema de compra de título até o fim do ano, satisfeito com a possibilidade de que o forte crescimento econômico vai elevar os preços ao consumidor, mesmo que lentamente.

Mas as fontes dizem que o banco quer muita evidência de que a inflação vai subir, temendo danos à sua credibilidade se agir muito cedo e tiver que mudar o rumo.

A mudança mais ambiciosa a ser discutida durante o encontro pode ser uma proposta de acabar com o chamado viés de afrouxamento, estipulando que o BCE pode aumentar a compra de ativos se necessário.

Ainda que isso seja relativamente já que poucos esperam compras maiores, as autoridades rejeitaram uma sugestão dessas em janeiro e as fontes disseram que os fundamentos não mudaram o suficiente desde então para tornar certa uma mudança como essa.

Mas uma decisão mais ampla sobre modificar a orientação do banco, já indicada para o "início" de 2018, não virá neste mês, com algumas autoridades argumentando que tal mudança poderia esperar até abril ou junho, disseram as fontes.

"Há uma preocupação geral sobre volatilidade nos mercados e a inflação tem caído, então claramente não é o momento certo", disse uma das fontes. "O viés de afrouxamento poderia facilmente ir embora, mas mesmo isso talvez tenha que esperar."

"Há um medo de sinalizar demais e elevar a volatilidade dos mercados", acrescentou a fonte.

O Banco Central Europeu preferiu não comentar.

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