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BC e Fazenda vão atuar juntos nos mercados sempre que necessário, diz Guardia

13 jun 2018 - 09h35
(atualizado às 10h14)
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O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta quarta-feira que sua pasta e o Banco Central continuarão atuando em conjunto, "sempre que necessário", para reduzir a volatilidade nos mercados financeiros.

Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, durante coletiva de imprensa em Brasília 28/05/2018 REUTERS/Adriano Machado
Ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, durante coletiva de imprensa em Brasília 28/05/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"No nosso entendimento, os preços não estavam refletindo os fundamentos da economia e, nesse momento, é fundamental a atuação serena e conjunta do BC e do Ministério da Fazenda", afirmou Guardia durante evento em São Paulo. "Fizemos isso na semana passada e continuaremos a fazer sempre que julgarmos necessário", acrescentou.

Com temores vindo da cena externa, sobretudo se os juros vão subir mais do que o esperado nos Estados Unidos, e da cena eleitoral no Brasil, o dólar disparou frente ao real nas últimas semanas, chegando a ir acima de 3,90 reais, e as taxas dos contratos futuros de juros saltaram.

Dessa forma, o BC entrou pesado no mercado cambial, por meio de leilões de swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) e operações compromissadas, enquanto que o Tesouro cancelou parte de seus leilões tradicionais de títulos públicos para realizar ofertas de compra e venda de NTN-F, um papel pré-fixado.

Guardia repetiu ainda que o país possui grande colchão de liquidez e, assim, está mais preparado para enfrentar essas turbulências.

"Os fundamentos da economia são completamente diferentes, (em comparação com 2002)... O que significa que o BC tem instrumentos para atuar no mercado de câmbio e o Ministério da Fazenda e o Tesouro, para atuar no mercado de juros", afirmou o ministro.

Segundo ele, o déficit em transações correntes do país é pequeno e amplamente financiado pelo investimento direto estrangeiro. Além disso, lembrou que o Brasil é credor líquido em dólares.

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