PUBLICIDADE

BC britânico deve aumentar juros novamente, diz vice-presidente

9 ago 2022 - 08h57
Compartilhar
Exibir comentários

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) provavelmente terá de aumentar ainda mais sua taxa de juros ante uma atual máxima em 14 anos para combater as pressões inflacionárias que estão ganhando espaço na economia britânica, disse o vice-presidente do banco, Dave Ramsden.

A disseminação da inflação está aparecendo no aumento dos salários britânicos e nos planos de precificação das empresas, tendo sido originalmente desencadeada pela reabertura da economia mundial após os bloqueios da Covid-19 e depois pela invasão da Ucrânia pela Rússia, disse Ramsden à Reuters.

A inflação deve retornar à meta de 2% do banco central --bem abaixo dos 9% de agora e de um pico projetado de 13% em outubro--, à medida que a economia entra em recessão e os custos de empréstimos aumentam.

Mas também há o risco de uma mentalidade inflacionária se desenvolver, disse Ramsden.

"Para mim, pessoalmente, acho mais provável que tenhamos de aumentar ainda mais a taxa bancária. Mas não cheguei a uma decisão firme sobre isso", disse Ramsden em entrevista.

Na semana passada, o BoE elevou os custos dos empréstimos a uma máxima desde 1995, ao aumentar a taxa bancária de 1,25% para 1,75%, no sexto ajuste desde dezembro, compondo o maior impacto de dois anos na renda disponível para as famílias desde pelo menos a década de 1960.

"Sabemos que o que estamos fazendo está contribuindo para um ambiente já muito desafiador", disse Ramsden. "Mas nossa avaliação é de que precisamos agir com força para garantir que a inflação não seja enraizada."

Além de aumentar as taxas de juros, o Banco da Inglaterra planeja tirar a economia do Reino Unido de seus enormes programas de estímulo, começando a vender títulos do governo, um processo conhecido como aperto quantitativo, já no próximo mês.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade