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Banco Inter pode voltar ao mercado para superar marca de 2 milhões de clientes

24 set 2018 - 18h41
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O Banco Inter atingiu 1 milhão de clientes pessoas físicas nesta segunda-feira, 24, meta antecipada pela instituição financeira em três meses em relação ao previsto na oferta de ações (IPO, na sigla em inglês), realizada no ano passado. O banco não descarta, entretanto, voltar ao mercado de capitais em algum momento para elevar essa marca para acima dos 2 milhões.

"A estrutura de capital nos permite atingir os 2 milhões de correntistas", afirmou João Vitor Menin a jornalistas após a cerimônia para comemorar o marco em meio as mesas de captação de clientes na sede do banco em Belo Horizonte. O executivo lembrou que a capitalização, por meio do IPO, aconteceu para dar possibilidade à expansão do banco de forma rápida e sustentável.

A oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do Banco Inter movimentou R$ 721,951 milhões. A ação foi precificada em R$ 18,50, um pouco acima do piso do intervalo previsto. A demanda pelas ações ofertadas chegou em 1,5 vez.

De acordo com Menin, a expansão de sua base de clientes está 80% baseada na propaganda boca a boca. "Atribuímos esse sucesso à combinação do modelo digital, a gratuidade dos nossos serviços e ao fato de sermos uma plataforma completa, o que atrai as pessoas e faz com que haja um crescimento orgânico de nossa base de clientes, com indicação de um cliente para outro", comentou.

Ao lado de fora da sede do Banco Inter, um placar informa quanto os clientes da instituição economizaram ao longo deste ano com a gratuidade dos serviços. A indicação exposta na tela é de quase R$ 400 milhões, mas o número se aproxima dos R$ 600 milhões considerando os últimos três anos.

Menin revelou ainda que o Inter estuda sua internacionalização para a América Latina, assunto este que tem sido pauta de reuniões de conselho. "É um projeto natural, um movimento que será feito de forma controlada", ponderou. O executivo salientou que neste momento trata-se apenas de uma discussão e que não há decisão tomada, tampouco qualquer definição de prazo ou praças nas quais o banco entraria na região.

Eleição

Menin criticou alguns comentários feitos por candidatos à Presidência contra os bancos e defendeu a bancarização da população para o País crescer. Diante das incertezas quanto ao resultado do pleito, o banco tem atuado para proteger seu balanço, de acordo com ele.

"Nosso modelo é gratuito, digital e leve. Portanto, na pessoa física, temos de ficar mais atentos aos impactos que podem vir de movimentos nas taxas de juros, na inadimplência e atividade econômica", observou. O banco tem, de acordo com ele, buscado a gestão dos ativos com os passivos e focado em produtos de crédito colateralizados.

Estadão
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