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Balança comercial brasileira tem superávit de US$2,192 bi em janeiro, abaixo do esperado

1 fev 2019 - 15h05
(atualizado às 15h38)
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A balança comercial brasileira iniciou o ano com superávit de 2,192 bilhões de dólares, queda de 22,4 por cento sobre igual período do ano passado, num dado pior que o esperado e afetado pelo ritmo mais forte de importações, informou nesta sexta-feira o Ministério da Economia. O resultado frustrou expectativa de um superávit de 3,4 bilhões de dólares, segundo pesquisa Reuters, e foi o pior resultado para o mês desde 2016 (+914,854 milhões de dólares).

"Janeiro é mês sazonalmente baixo ... costuma ser mês com menor volume de comércio no ano", afirmou o diretor do Departamento de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

Em janeiro, as importações avançaram 15,4 por cento na comparação anual, pela média diária, a 16,387 bilhões de dólares.

Com isso, deram sequência a um comportamento visto nos últimos meses, com compras mais fortes de importados, impulsionadas pela melhoria da atividade econômica.

As exportações também cresceram em janeiro, mas em ritmo mais modesto. A alta foi de 9,1 por cento sobre igual mês de 2017, também pela média diária, a 18,579 bilhões de dólares.

De acordo com analistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus mais recente, as trocas comerciais deve ficar positivas em 52 bilhões de dólares neste ano, abaixo do patamar de 58,3 bilhões de dólares em 2018.

O Ministério da Economia ainda não divulgou sua expectativa para o dado.

DETALHES

Em janeiro, as importações de bens de capital avançaram significativamente, com aumento de 156,2 por cento sobre igual mês do ano passado.

Em coletiva de imprensa, Brandão explicou que houve forte impacto de operação de plataforma no âmbito do Repetro, regime que mudou a forma de aquisição de equipamentos de pesquisa e exploração de petróleo e gás natural pelas empresas do setor, com efeitos na contabilidade da balança comercial.

A compra de bens intermediários também mostrou expansão sobre um ano antes, de 3,6 por cento, enquanto as importações de combustíveis e lubrificantes caíram 12,5 por cento e de bens de consumo diminuíram 3,5 por cento em janeiro.

Na outra ponta, as exportações tiveram alta em todas as categorias na mesma base de comparação. O avanço foi de 15,2 por cento em manufaturados, de 11,1 por cento em manufaturados e 10,1 por cento nos produtos básicos.

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