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Auxílio emergencial deve retornar em março, diz Bolsonaro

"Estive hoje com Paulo Guedes e, a princípio, o que deve ser feito: a partir de março, por 4 meses, 250 reais", disse Bolsonaro

25 fev 2021 - 20h39
(atualizado às 21h31)
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O auxílio emergencial deve retornar, no valor de 250 reais, a partir de março e com vigência de quatro meses, disse o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, ao ressalvar que as negociações da proposta envolvem os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defensores da volta do benefício interrompido no final do ano passado.

"Estive hoje com Paulo Guedes e, a princípio, o que deve ser feito: a partir de março por 4 meses 250 reais de auxílio emergencial", disse Bolsonaro em transmissão nas redes sociais.

Pessoas aguardam do lado de fora de agência da Caixa para saque do auxílio emergencial, no Rio de Janeiro
29/04/2020
REUTERS/Pilar Olivares
Pessoas aguardam do lado de fora de agência da Caixa para saque do auxílio emergencial, no Rio de Janeiro 29/04/2020 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

"É isso que está sendo disponibilizado, está sendo conversado ainda, em especial, com os presidentes da Câmara e o Senado porque a gente tem que ter certeza de que nós acertamos --vai ser em conjunto, não só eu e a equipe econômica, vai ser junto com o Legislativo também-- na ponta da linha aquilo seja honrado por todos nós", disse.

Bolsonaro repetiu que a capacidade de endividamento do país está "no limite" e que o auxílio será pago por quatro meses para ver se a economia "pega de vez, pega para valer".

O Congresso pressiona o governo pela retomada logo do auxílio, embora tenha adiado nesta quinta a leitura da PEC Emergencial, proposta tida pela equipe econômica como vital para dar sustentação a novas despesas com o pagamento emergencial e a busca de um equilíbrio fiscal do país. A votação da PEC está prevista para a próxima quarta-feira.

O presidente disse que espera, após o período de vigência temporária do auxílio, que a partir de julho haja uma nova proposta de reformulação do Bolsa Família.

Na transmissão, Bolsonaro disse que a população quer voltar a trabalhar, mas "infelizmente" há governador e prefeito que "teima" em baixar decretos fechando atividades comerciais. Ele defendeu que se cobre dos gestores regionais o auxílio emergencial.

"Nós queremos voltar à normalidade", disse ele.

As medidas de fechamento de atividades e restrição de movimentação de pessoas --que voltaram a ser adotadas por prefeitos e governadores-- têm por objetivo reduzir o contágio por Covid-19 em meio a novas cepas do coronavírus se alastrando país afora.

Nesta quinta, o Brasil ultrapassou oficialmente a marca de 250 mil mortes. Só nesta quinta-feira foram registrados mais 1.541 óbitos, o segundo maior número em um único dia desde o início da pandemia. Mais de 10 milhões de pessoas já foram infectadas no país.

Mais cedo, em pronunciamento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o país passa por uma "nova etapa" da pandemia, que a nova variante do coronavírus que circula no Brasil contamina três vezes mais do que as cepas anteriores do vírus, e destacou que a velocidade da transmissão pode pegar de surpresa os gestores de saúde.

Sem dar maiores detalhes, Bolsonaro disse na transmissão que o governo federal vai publicar uma norma que permite um refinanciamento de dívidas de bares e restaurantes, setor bastante afetado pela pandemia.

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