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Atividade manufatureira na zona do euro volta a cair em agosto

2 set 2019 - 08h14
(atualizado às 09h35)
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A atividade manufatureira da zona do euro se contraiu pelo sétimo mês em agosto, com um declínio contínuo no otimismo reduzindo a demanda, mostrou uma pesquisa, provavelmente reforçando as expectativas de flexibilização monetária pelo Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana.

Fábrica da Renault, na França
08/11/2018
REUTERS/Philippe Wojazer
Fábrica da Renault, na França 08/11/2018 REUTERS/Philippe Wojazer
Foto: Reuters

Em sua reunião de julho, os formuladores de políticas do BCE praticamente prometeram aliviar ainda mais a política monetária, à medida que a perspectiva de crescimento do bloco piora. Uma escalada na guerra comercial EUA-China aumentou o medo de uma desaceleração econômica global.

    A leitura final do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do IHS Markit para o setor manufatureiro em agosto foi de 47,0, a mesma da leitura preliminar, mas bem abaixo do nível 50, que separa o crescimento da contração.

Em julho, o índice havia ficado em 46,5 de julho, leitura mais baixa desde dezembro de 2012.

"Os produtores da zona do euro estão sofrendo com a queda de verão na produção industrial persistindo em agosto. Uma acentuada deterioração do otimismo para o próximo ano sugere que as empresas esperam que as coisas piorem", observou Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit.

ATIVIDADE FABRIL NA ALEMANHA EM QUEDA

O setor manufatureiro da Alemanha --país com dependência de exportações-- permaneceu em contração em agosto, com a demanda mais fraca pressionando as empresas a reduzir a produção e cortar empregos.

O PMI para o setor manufatureiro, que representa cerca de um quinto da economia, subiu ligeiramente para 43,5, permanecendo abaixo da marca 50,0 (que separa o crescimento da contração) por oito meses seguidos.

O dado ficou abaixo da leitura preliminar de 43,6 e perto da mínima em sete anos batida em julho.

A menor demanda, especialmente por bens de capital e intermediários, esteve por trás da fraqueza contínua no setor. Os fabricantes também citaram a demanda reduzida da indústria automobilística, que está enfrentando vendas mais baixas.

A pesquisa também mostrou que o sentimento em relação à produção futura caiu para uma mínima recorde, indicando pessimismo entre os fabricantes.

Na França, atividade fabril voltou a crescer em agosto, com alta na produção e na demanda dos clientes.

O PMI subiu para 51,1, ante 49,7 em julho, ultrapassando o limite de 50 pontos. O resultado também veio acima da leitura preliminar, de 51,0.

No Reino Unido, a atividade industrial se contraiu no mês passado no ritmo mais rápido em sete anos, abalada pelo aprofundamento da crise do Brexit e pela desaceleração global, um mau presságio para as chances de uma recuperação econômica no segundo trimestre.

O PMI caiu para 47,4, ante 48,0 em julho, 1 ponto abaixo do número esperado por economistas em pesquisa Reuters e bem aquém da linha divisória de 50 pontos --que separa crescimento de contração.

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