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Armínio vê boa economia com reforma da Previdência, mas diz que ideal seria mais

20 fev 2019 - 18h27
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O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga defendeu uma economia maior com a reforma da Previdência diante do peso desses gastos nas contas do públicas, mas ressaltou que a economia prevista pelo governo de pouco mais de 1 trilhão de reais ao longo de 10 anos, conforme a proposta apresentada nesta quarta-feira, ficou acima do que era esperado.

Vista do Congresso Nacional
17/04/2016
REUTERS/Paulo Whitaker
Vista do Congresso Nacional 17/04/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

Armínio disse que ainda não teve tempo de se debruçar sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo governo, mas destacou que as expectativas do mercado apontavam para uma economia com a reforma da ordem de mais de 800 bilhões de reais.

"Uma proposta acima de 1 trilhão é impactante", disse ele a jornalistas em evento da Fundação Getulio Vargas, no Rio de Janeiro. "Se sair esse número, já vai ser algo acima de 1,5 por cento do PIB ao ano", frisou.

Para Armínio, diante do quadro fiscal deteriorado do país, havia a necessidade de uma economia maior com a reforma da Previdência.

"Eu defendo mais do que foi proposto", disse. Uma proposta de reforma, que teve o apoio de Armínio, apontava para uma economia de 1,3 trilhão de reais em 10 anos.

O ex presidente do BC, entende que a economia de gastos projetada na proposta do governo Bolsonaro deveria ser o piso a ser buscado pela equipe econômica.

"Qualquer coisa que caia abaixo do que foi apresentado já me deixaria bem preocupado. Como eu acho que seria necessário mais do que foi proposto, eu acho que o ideal seria subir", disse, referindo-se às negociações durante a tramitação da PEC no Congresso.

A proposta reiterou as idades mínimas já divulgadas na semana passada, de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens. Para os trabalhadores da iniciativa privada, o tempo mínimo de contribuição será de 20 anos. Para os servidores, 25 anos. [nL1N20F0L9]

Armínio classificou que a aprovação da reforma da previdência é crucial para o futuro do país e que essa questão não é nova e precisar ser encarada.

"Nós temos experiência em perder oportunidades", finalizou.

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