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Argentina pede ajuda ao FMI para lidar com volatilidade

8 mai 2018 - 14h11
(atualizado às 16h14)
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A Argentina está buscando um acordo de financiamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para lidar com a recente volatilidade do mercado que levou à queda do peso e ao aumento da taxa de juros para 40 por cento, disse o presidente argentino, Mauricio Macri, nesta terça-feira.

"Há poucos minutos falei com a diretora (do FMI) Christine Lagarde, e ela confirmou que começaremos a trabalhar em um acordo hoje", disse Macri em um pronunciamento à nação.

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, durante coletiva de imprensa na Casa Rosada, em Buenos Aires
23/10/2017
REUTERS/Marcos Brindicci
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, durante coletiva de imprensa na Casa Rosada, em Buenos Aires 23/10/2017 REUTERS/Marcos Brindicci
Foto: Reuters

O movimento foi notável dado que muitas pessoas no país ainda culpam o FMI pelas políticas que levaram a um colapso financeiro e econômico em 2001 e 2002 que levou milhões de argentinos de classe média à pobreza.

"Isso nos permitirá fortalecer nosso programa de crescimento e desenvolvimento, dando-nos maior suporte para enfrentar este novo cenário global e evitar crises como as que tivemos em nossa história", disse Macri ao defender sua decisão de recorrer ao FMI.

O mercado acionário local reagiu positivamente às declarações de Macri. O índice Merval, que começou o dia em baixa de 5,3 por cento, reduziu as perdas para 1,6 por cento.

O peso passou a recuar 1,92 por cento, a 22,4 por dólar, após Macri falar. Mais cedo, ele havia caído 6,5 por cento, para a nova mínima recorde de 23,5 pesos por dólar.

"Uma linha de crédito do FMI é a opção menos cara para o crescimento na Argentina. Isso ajudará a reduzir o risco país", escreveu no Twitter Miguel Kiguel, ex-secretário de Finanças argentino que dirige a consultoria Econviews.

Macri foi eleito no final de 2015 com uma plataforma favorável a investimentos após oito anos de comando de Cristina Kirchner.

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