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Argentina anuncia medidas para conter inflação e reativar consumo em meio à crise

17 abr 2019 - 11h24
(atualizado às 12h51)
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O governo da Argentina anunciou nesta quarta-feira uma série de medidas com o objetivo de conter a inflação galopante e reativar o consumo no país, em meio a uma crise que compromete seriamente as probabilidades de reeleição do presidente Mauricio Macri.

Catadores de lixo em frente à Casa Rosada, em Buenos Aires
11/04/2019
REUTERS/Agustin Marcarian
Catadores de lixo em frente à Casa Rosada, em Buenos Aires 11/04/2019 REUTERS/Agustin Marcarian
Foto: Reuters

O anúncio foi feito um dia depois de dados mostrarem que a inflação foi de 4,7 por cento apenas em março, acumulando 54,7 por cento nos últimos 12 meses, o que vem afetando a atividade econômica do país e aumentou a pobreza.

"As medidas principais que estamos lançando são fruto de um acordo com empresas líderes para manter por ao menos seis meses os preços de 60 produtos essenciais e o não aumento de tarifas de serviços públicos para este ano", informou o governo em comunicado.

Após a divulgação da alta inflação de março, o banco central argentino anunciou na terça-feira um maior aperto na política monetária para ajudar a conter os preços no varejo.

A Argentina sofre com inflação alta há décadas, mas a depreciação do peso, a moeda local, em 2018 alimentou os ajustes de preços --incluindo tarifas de serviços públicos que são reguladas pelo governo--, que ainda permanecem.

Em meio à crise cambial do ano passado, Macri buscou ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual acertou uma linha de crédito de 56 bilhões de dólares. Vários candidatos da oposição à Presidência já disseram que vão rever o acordo se eleitos.

O peso argentino avançava nesta quarta-feira, após as medidas anunciadas pelo banco central argentino, o que dava alívio ao governo. No entanto, o mercado de ações e os títulos caíam, e o risco país subia.

Até meses atrás, analistas davam como certa a reeleição de Macri nas eleições de outubro, mas sua imagem sofreu um colapso nas pesquisas, que agora são lideradas pela ex-presidente de centro-esquerda Cristina Fernández de Kirchner.

"Nós vamos vencer essa batalha", disse Macri nesta quarta-feira em vídeo no qual ele é mostrado conversando com um casal de cidadãos comuns na sala de sua casa, transmitido pelo governo.

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