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Área de grãos do Brasil aumentará pelo 11º ano em 20/21 e pode gerar safra recorde

1 out 2020 - 16h15
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A área plantada com grãos no Brasil deverá aumentar pelo 11º ano consecutivo na safra 2020/21, disse nesta quinta-feira a consultoria Datagro, que projeta a semeadura da nova temporada em um total de 67,74 milhões de hectares.

Áreas plantadas com soja (esquerda) e milho em Cruz Alta, RS 
27/02/2008
REUTERS/Inae Riveras
Áreas plantadas com soja (esquerda) e milho em Cruz Alta, RS 27/02/2008 REUTERS/Inae Riveras
Foto: Reuters

A cifra representa uma alta de 2% frente a 2019/20, além de indicar um potencial preliminar de produção de 276,32 milhões de toneladas de grãos no país, que superaria em 6% o recorde registrado na safra anterior, acrescentou a empresa.

A área semeada com oleaginosas --incluindo a soja, principal produto de exportação do Brasil-- tende a crescer 2% em 2021, para 39,81 milhões de hectares, enquanto a produção é estimada em 137,54 milhões de toneladas, alta de 4% na comparação anual, sendo 131,69 milhões de toneladas apenas de soja.

Já a safra de cereais 2020/21 deverá ser plantada em área 3% maior que a de 2019/20, atingindo 27,93 milhões de hectares. A produção total das variedades foi estimada pela Datagro em 138,79 milhões de toneladas, avanço de 8%, sendo 112,14 milhões de toneladas apenas das duas safras de milho cultivadas no país.

"Observamos que esta nova temporada está próxima de se iniciar com um quadro bem mais animador do que o verificado em igual momento de 2019, em função de razoável oferta de crédito e preços excepcionais observados nas principais culturas", disse em nota o coordenador de Grãos da Datagro, Flávio França Junior.

Embora a questão climática venha sendo citada como possível fator limitante à safra brasileira, a Datagro afirmou que até o momento as previsões não indicam grandes anomalias nas chuvas.

"A meteorologia até agora não aponta para um La Niña intenso. Nem de longa duração. Assim, poderemos até ter uma safra caminhando não muito distante da normalidade", comentou França.

"Esse é o principal ponto de interrogação e apreensão pelos produtores. O único efeito já percebido é do atraso na chegada das chuvas na região central, o que vai mantendo o plantio lento até este momento", acrescentou.

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