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Arábia Saudita vai retomar produção de petróleo até o fim do mês, diz ministro

17 set 2019 - 17h22
(atualizado às 17h49)
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A Arábia Saudita vai restaurar até o final de setembro sua produção de petróleo perdida de 5,7 milhões de barris por dia (bpd), disse o ministro de Energia do país nesta terça-feira, após ataques a instalações do país no final de semana.

Ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, durante entrevista coletiva em Jedá 
17/09/2019
REUTERS/Waleed Ali
Ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, durante entrevista coletiva em Jedá 17/09/2019 REUTERS/Waleed Ali
Foto: Reuters

O príncipe Abdulaziz bin Salman disse que a produção de petróleo em outubro será de 9,89 milhões de bpd, e que a maior exportadora mundial da commodity manterá toda a oferta petrolífera a seus clientes neste mês.

Ele afirmou que o reino atingirá capacidade de 11 milhões de barris por dia (bpd) até o final de setembro e de 12 milhões de bpd até o final de novembro.

"As ofertas de petróleo voltarão ao mercado da forma como estavam antes das 3h43 de sábado", disse a repórteres em uma entrevista coletiva na cidade de Jedá, acrescentando que a petroleira Aramco "emergiu das cinzas como uma fênix" após o ataque.

Ele referia-se aos ataques de sábado às unidades da Aramco em Abqaiq e Khurais, incluindo a maior instalação de processamento de petróleo do mundo, que interromperam metade da produção saudita, ou 5% da produção global.

O presidente-executivo da Aramco, Amin Nasser, disse que a empresa, que está se preparando para uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), ainda está no processo de avaliação dos trabalhos de reparo, mas que eles "não são tão significativos", considerando o tamanho da companhia.

A Aramco controlou dez incêndios nas sete horas que sucederam o "enorme" ataque, disse Nasser na mesma coletiva de imprensa.

Ele afirmou que a petroleira está no processo de retomar o refino de petróleo à capacidade total e que há derivados suficientes para abastecer os mercados locais.

O príncipe Abdulaziz bin Salman disse ainda não saber quem promoveu os ataques ou por que, mas acrescentou que a Arábia Saudita manterá seu papel de fornecedora segura dos mercados mundiais. Ele disse que medidas rígidas são necessárias para prevenir novos ataques, mas não elaborou.

O Ministério das Relações Exteriores saudita afirmou que investigações preliminares indicaram que armas iranianas foram utilizadas no ataque, que autoridades inicialmente disseram ter envolvido drones.

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