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Após subir mais de 1%, dólar fecha estável ante o real com cena eleitoral

19 jul 2018 - 17h31
(atualizado às 17h40)
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Depois de subir mais de 1 por cento e encostar em 3,90 reais, o dólar perdeu força na reta final do pregão e fechou esta quinta-feira praticamente estável com os investidores respirando mais aliviados após notícias de que o blocão, grupo de partidos de centro, estaria pendendo a apoiar o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, nas eleições presidenciais de outubro.

Notas de reais e dólares em foto ilustrativa
10/09/2015 
REUTERS/Ricardo Moraes
Notas de reais e dólares em foto ilustrativa 10/09/2015 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Após o fechamento do mercado à vista, às 17:00, o dólar futurojá era negociado em baixa de cerca de 0,40 por cento.

O dólar avançou 0,09 por cento, a 3,8448 reais na venda, depois de marcar a máxima de 3,8936 reais no dia.

"O apoio do centrão em síntese dá força para o Alckmin, embora seja preciso ver o quanto isso vai se refletir nas pesquisas", afirmou o operador de câmbio da corretora H.Commcor Cleber Alessie Machado. "Alckmin é o que mais agrada ao mercado dentre as escolhas que temos", acrescentou.

Alckmin é visto pelo mercado como um político mais comprometido com o ajuste fiscal. O tucano e interlocutores próximos fizeram uma contraofensiva nos últimos dias para conter o avanço dos acertos do pedetista Ciro Gomes com o blocão e esse grupo de partidos pode até fechar uma aliança formal com o ex-governador de São Paulo, afirmaram à Reuters fontes envolvidas diretamente nas negociações.

"Alckmin está na frente agora", admitiu um presidente de um partido do blocão à Reuters, sob a condição do anonimato, ao ser questionado se a disputa estaria empatada.

Pela manhã, o dólar chegou a superar 1 por cento de valorização ante o real ainda sob influência de declarações otimistas sobre a economia norte-americana do chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, que reforçaram as expectativas de investidores sobre a força do dólar a longo prazo e de aumento dos juros.

À tarde, no entanto, o dólar perdeu força após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que não estava "feliz" com a decisão do Fed de elevar a taxa de juros, já que esses aumentos podem colocar os EUA em "desvantagem" enquanto banco central do Japão e o Banco Central Europeu (BCE) mantêm sua política monetária frouxa.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 14 mil swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 9,10 bilhões de dólares do total de 14,023 bilhões de dólares dos contratos que vencem em agosto.

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