Após reunião no Planalto, governo silencia sobre futuro do Renda Cidadã
Parlamentares, secretários e o ministro Paulo Guedes saíram de reunião convocada de última hora sem falar se já existe uma fórmula mais concreta para bancar o programa
BRASÍLIA - Depois de uma reunião convocada de última hora nesta quarta-feira, 30, no Palácio do Planalto, governistas e membros da equipe econômica silenciaram sobre o destino do programa Renda Cidadã. O Executivo ainda não colocou no papel a fórmula para bancar o benefício a partir de 2021.
Na noite desta quarta-feira, 30, o presidente Jair Bolsonaro recebeu o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os secretários de Fazenda, Waldery Rodrigues, da Receita, José Tostes, e de Previdência, Bruno Bianco. O relator da PEC Emergencial e do Renda Cidadã, senador Márcio Bittar (MDB-AC), e o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), também estiveram no local.
Todos saíram sem falar com a imprensa. Questionado se o relatório da proposta está pronto e sobre a o resultado da conversa, Bittar se limitou a dizer que não poderia dar declarações. Ao chegar na reunião, anteriormente, o parlamentar afirmou que estava concluindo o parecer. A conversa durou aproximadamente duas horas. Mais cedo, Guedes declarou que o governo não usaria dinheiro de precatórios para financiar o Renda Cidadã.
O programa social deverá substituir o Bolsa Família e tem causado impasse no governo. Segundo Guedes, os precatórios não são uma fonte de financiamento "saudável, limpa, permanente e previsível". Na segunda-feira 28, o governo anunciou que o programa social seria bancado com recursos reservados para o pagamento dessas dívidas e para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).