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Após mínima com Datafolha, dólar tem máxima reagindo a payroll menor que esperado

5 out 2018 - 10h17
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O dólar à vista renovou máxima em R$ 3,8781 (-0,13%) no balcão pouco depois das 9h30 desta sexta-feira, 5, em linha com o fortalecimento externo da divisa dos EUA, após o dado de criação de vagas no país (apyroll) em setembro ter ficado abaixo do esperado.

O ajuste local ocorreu ainda depois que a moeda americana bateu mínima ante o real, a R$ 3,8411 (-1,08%), reagindo a um movimento de venda na esteira do crescimento do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) na pesquisa Datafolha, divulgada na noite de quinta-feira (4), segundo operadores de câmbio.

Jefferson Rugik, diretor da Correparti, disse que teve fila de venda de dólar na B3 e por isso o mercado demorou para iniciar a sessão, cujas cotações foram divulgadas só após 9h16. "O sentimento do mercado financeiro é de que o Bolsonaro já pode ganhar neste domingo, com o voto útil", disse Rugik.

O comentário nas mesas de operações é de que os investidores vão passar o dia vendidos, mas com o payroll abaixo do esperado a queda do dólar perdeu força, observou.

Em relação ao payroll, o relatório mostrou que a economia dos Estados Unidos gerou 134 mil vagas em setembro, o menor ganho mensal em um ano e um possível sinal de que empregadores começam a ter dificuldades para preencher vagas.

A taxa de desemprego, por sua vez, recuou de 3,9% em agosto a 3,7% em setembro, na mínima desde dezembro de 1969, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. Analistas ouvidos pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, previam 185 mil vagas criadas e taxa de desemprego em 3,8%.

O salário médio por hora teve crescimento de 0,29% em setembro ante agosto, para US$ 27,24 (+US$ 0,08). Na comparação anual, houve alta de 2,8%. A projeção dos economistas, nesse caso, era de alta mensal de 0,30% e de 2,8% no ano.

O Departamento do Trabalho advertiu que os números de emprego em alguns setores podem ter sido afetados pelo furacão Florence, que atingiu alguns Estados do país no mês passado. O órgão não conseguiu, contudo, quantificar esse impacto, informando que a taxa de resposta à pesquisa de setembro ficou dentro do patamar considerado normal.

Internamente, o resultado do IPCA (+0,48%) em setembro fica em segundo plano. O índice de preços veio dentro das estimativas, ainda que no teto do intervalo de projeções feitas pelo Broadcast, após a deflação (-0,09%) em agosto.

Às 9h54 desta sexta, o dólar à vista caía 0,73%, a R$ 3,8546. O dólar futuro de novembro recuava 0,49%, a R$ 3,8630. Em Nova York, o índice para o dólar cedia 0,08%, a 95,674 pontos.

Estadão
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