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Apoio do PSL a Maia é visto como sinal para aprovação de Reforma da Previdência

Secretários do Tesouro Nacional e da Previdência se mostraram otimistas com movimento político; presidente da CNI acredita que acordo 'facilitará' reformas

2 jan 2019 - 15h38
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BRASÍLIA - Anunciado na manhã desta quarta-feira, 2, o apoio do PSL, segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, à reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Casa foi elogiada por secretários e representantes de entidades. Mansueto de Almeida, secretário do Tesouro, bem como Rogério Marinho, secretário da Previdência, acreditam que o acordo pode ajudar a aprovação da reforma da Previdência, tida como uma das mais urgentes para o novo governo Jair Bolsonaro (PSL).

Mansueto, que foi escolhido para o cargo por Michel Temer e permanecerá no posto com Bolsonaro, o apoio do PSL a Maia é "algo importante e ajuda para a aprovação da reforma da Previdência". Segundo Almeida, Maia lutou bastante para aprovação do ajuste no ano passado.

Ao chegar há pouco para a transmissão do cargo do ministro da Economia, Paulo Guedes, Almeida também destacou a unidade dos discursos dos governadores ontem sobre a importância da mudanças nas regras previdenciárias para a sustentabilidade das contas públicas. Mansueto também lembrou que o presidente Bolsonaro também citou a importância de aprovar as reformas estruturais para colocar a economia nos trilhos. "São muitos sinais bons neste início de governo", disse Almeida.

De acordo com ele, a política do novo governo será de continuidade do ajuste fiscal com "coisas mais ousadas". Estão entre os pontos mais ousados uma nova política de redução das renúncias e subsídios e a reavaliação da eficácia dos programas do governo federal.

A jornalistas, o secretário da Previdência, Rogério Marinho, disse que o apoio de PSL a Maia é "ótima notícia". Ele, porém, não descartou outros nomes. "Se Maia ou outro candidato que apoia a reforma da Previdência for eleito, ajuda muito."

Marinho, que foi relator da reforma trabalhista na Câmara, lembrou que Maia sempre se posicionou de forma favorável às reformas, tendo inclusive ajudado durante a tramitação da reforma que alterou a CLT.

O futuro secretário já indicou que pretende dar uma entrevista coletiva na próxima sexta-feira, 4, sobre a proposta de reforma da Previdência. Ele evitou dar detalhes sobre qual será a estratégia do governo em torno do tema e disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve dar as primeiras sinalizações sobre o assunto hoje, na cerimônia de transmissão de cargo

CNI. Para o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, a continuidade de Rodrigo Maia na presidência da Câmara dos Deputados "facilitaria" a aprovação de reformas no novo governo. "Se ele continuar, será uma boa notícia, porque ele tem sido um bom presidente. Isso com certeza facilita a aprovação das reformas, porque ele já conhece bem o debate", disse Andrade, ao chegar para a cerimônia de transmissão de cargo para o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta tarde em Brasília.

Andrade preferiu não comentar as propostas que vêm sendo apresentadas pela equipe de Guedes, disse apenas: "Vamos esperar que o ministro assuma de fato".

Como o Broadcast informou mais cedo, o presidente nacional do PSL, o deputado federal eleito Luciano Bivar (PSL-PE), se reuniu hoje com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e fechou o apoio da bancada à reeleição dele para o comando da Casa.

Em troca, Maia se comprometeu a entregar ao PSL o comando de duas comissões importantes, a de Constituição e Justiça (CCJ) e a de Finanças, além da 2ª vice-presidência da Câmara. Segundo Bivar disse ao Estado, Maia também se comprometeu a apoiar as pautas do governo de Jair Bolsonaro.

Estadão
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