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Mineroduto é suspenso por três meses depois de vazamentos

3 abr 2018 - 07h59
(atualizado às 11h30)
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REUTERS/Siphiwe Sibeko
REUTERS/Siphiwe Sibeko
Foto: Reuters

A mineradora britânica Anglo American vai suspender as operações do mineroduto Minas-Rio por 90 dias. Os dois acidentes na tubulação em menos de 20 dias num trecho de 200 metros são a causa da paralisação das atividades. Nos dois rompimentos, mais de mil toneladas de minério de ferro atingiram um ribeirão e propriedades particulares em Santo Antônio do Grama.

A expectativa era de que seriam necessários 30 dias para técnicos da empresa e do núcleo de combate aos crimes ambientais apontarem as causas do acidente. No entanto, após nova análise, ficou definido que os 529 quilômetros de mineroduto que ligam Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais, até o Porto do Açu, no Rio de Janeiro passem por uma auditoria ambiental independente.

A Anglo American informou por meio de nota que os custos iniciais de reparação devem chegar a R$ 60 milhões. O Ministério Público de Minas Gerais pediu, e a Justiça atendeu, o bloqueio de R$ 10 milhões da mineradora no primeiro vazamento, ocorrido em 12 de março.

A estimativa dos valores fornecidos pela empresa nos custos iniciais incluem “recuperação operacionais, econômicas e socioambientais decorrentes dos incidentes com o mineroduto em Santo Antônio do Grama (MG)”.

Veja a nota  da Anglo American sobre a paralisação das atividades:

"A Anglo American informa que, em função do detalhamento dos processos de inspeção que precisam ser realizados, recalculou o período em que suas operações deverão ficar paralisadas em aproximadamente 90 dias.

A empresa vai dar férias coletivas para parte do pessoal que trabalha na mina, usina e planta de filtragem por 30 dias, a se iniciar em 17 de abril. Para o período subsequente, vai conversar com o sindicato e autoridades para definir as alternativas que sejam mais adequadas para seus empregados.

A empresa estima (até o momento) em R$ 60 milhões o custo total das ações de reparação e recuperação operacionais, econômicas e socioambientais decorrentes dos incidentes com o mineroduto em Santo Antônio do Grama (MG).

Hoje, o trabalho de limpeza do córrego Santo Antônio, que foi impactado, envolve cerca de 200 pessoas.

As causas do vazamento serão investigadas pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A obra é um dos projetos em operação mais importantes para a mineradora britânica. Em 2017 quase 17 milhões de toneladas de minério de ferro foram escoados pelo sistema Minas-Rio. Desde janeiro deste ano a etapa 3 começou a operar e aumentaria a capacidade de produção para 26,5 milhões de toneladas."

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Fonte: Especial para Terra
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