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Angela Merkel questiona boicote a acordo comercial entre UE e Mercosul

Para chanceler alemã, solução levantada pelo Emmanuel Macron não resolve questão da Amazônia; presidente do Conselho Europeu questionou se há clima para acordo comercial

24 ago 2019 - 09h50
(atualizado às 09h53)
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A chanceler da Alemanha Angela Merkel afirmou neste sábado, 24, que impedir um acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul não vai ajudar no combate aos incêndios florestais que ocorrem na Amazônia.

A opção foi levantada na última sexta-feira, 23, pelo presidente da França Emmanuel Macron, que acusou o presidente Jair Bolsonaro de mentir sobre a situação ambiental do Brasil. O comunicado do Palácio do Eliseu recebeu apoio da Irlanda.

Merkel afirmou por meio de um e-mail que também se preocupa com a questão ambiental, mas questionou o posicionamento do presidente da França. De acordo com a chanceler alemã, o acordo do Mercosul contém uma declaração de comércio que "inclui um ambicioso capítulo de sustentabilidade com regras vinculativas sobre proteção, em que ambos os lados se comprometeram a implementar em um acordo sobre o clima", destacou.

"A não-conclusão (do acordo) é, portanto, do nosso ponto de vista, uma resposta não apropriada ao que está acontecendo atualmente no Brasil", concluiu o governo alemão.

O entrave no acordo também foi levantado pelo presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. Na abertura do G-7 na manhã deste sábado, 24, Tusk questionou a viabilidade da parceria no momento que o Brasil enfrenta. "É claro que apoiamos o acordo entre a UE e o Mercosul (...), mas é difícil imaginar um processo de ratificação enquanto o governo brasileiro permitir a destruição", afirmou Tusk. / AP e AFP

Estadão
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