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Analistas já projetam crescimento abaixo de 1% em 2019

Número fraco do 'PIB do BC' para o 1º trimestre leva a revisões; uma consultoria já prevê avanço de apenas 0,5%

16 mai 2019 - 05h10
(atualizado às 08h17)
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Diante dos dados de atividade no primeiro trimestre e da ausência de sinais de recuperação consistente para o restante do ano, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 vem sendo revisada para baixo dia após dia. Alguns economistas já estimam que o País vai crescer abaixo de 1% este ano, como mostra pesquisa preliminar do Projeções Broadcast depois da divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br).

Mulher conta notas de reais
Mulher conta notas de reais
Foto: FG Trade / iStock

O piso das estimativas é de alta de apenas 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), já a maior previsão é de 2,2%, que, por sua vez, deve ser revisada para baixo. A mediana das expectativas de 26 instituições é de 1,1%, abaixo da projeção da pesquisa Focus, de 1,45%. Na terça-feira, o ministro Paulo Guedes admitiu que a estimativa do governo caiu para 1,5%. Essa forte revisão para o número de 2019 também tem influenciado negativamente as previsões para 2020, que variam de 2% a 3%, com mediana de 2,5%.

Parte desse pessimismo deriva da percepção que o fraco desempenho do período de janeiro a março não deve mudar tanto nos próximos trimestres, uma vez que a principal trava é a incerteza fiscal, segundo economistas, que não deve ser diluída rapidamente.

Com a projeção mais baixa para o PIB de 2019, de 0,5%, a Kapitalo Investimentos explica que o número do ano é bastante influenciado pelo resultado do primeiro trimestre. Como a instituição avalia que a queda no período deve ser de 0,4%, calcula que seria necessário crescer 0,7% nos outros trimestres para resultar em um PIB de 1%, sendo que a média de crescimento desde o início da retomada é de 0,3%.

O BNP Paribas também já estima PIB abaixo de 1% este ano. Ontem, o banco reduziu a projeção de 2% para 0,8%, citando efeito negativo da desaceleração global e o atraso na tramitação da reforma da Previdência.

Veja também:

Estagnação no trimestre:
Estadão
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