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Alta do dólar e greve dos caminhoneiros fazem lucro da Braskem cair à metade no 2º tri

8 ago 2018 - 19h31
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O efeito da alta do dólar e o impacto da greve dos caminhoneiros em maio fizeram o lucro da petroquímica Braskem cair pela metade no segundo trimestre.

O grupo petroquímico controlado pela Odebrecht informou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de 547 milhões no período, queda de 50 por cento ante igual etapa de 2017.

A Braskem atribuiu a queda principalmente à desvalorização cambial, que fez seu resultado financeiro líquido ser negativo em 2,14 bilhões de reais, número 216 por cento pior do que um ano antes, refletindo sobretudo o efeito de variações cambiais.

Além disso, o desempenho operacional foi também atingido pela greve dos caminhoneiros, que reduziu a disponibilidade de produtos para venda, e por paradas programadas em fábricas petroquímicas nos Estados Unidos e no México.

Por fim, o maior equilíbrio entre oferta e demanda e a elevação dos preços da nafta também pressionou as margens da Braskem no trimestre.

De todo modo, a receita líquida cresceu 16 por cento, para 13,79 bilhões de reais. E o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou 3,177 bilhões de reais, aumento de 5 por cento sobre um ano antes.

No Brasil, a taxa média de utilização das petroquímicas foi de 90 por cento, queda de 3 pontos percentuais principalmente em função das restrições oriundas da greve dos caminhoneiros.

A Braskem fechou junho com uma dívida líquida equivalente a 1,9 vez seu Ebitda, índice inferior aos de 1,98 vez em março, mas maior do que 1,85 vez de 12 meses antes.

Em junho, a Odebrecht informou ter iniciado negociações exclusivas para vender toda sua participação controladora na Braskem para a holandesa LyondellBasell.

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