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Alemanha planeja reduzir limite que exige avaliação de aquisições por estrangeiros

16 dez 2018 - 13h03
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O governo alemão planeja reduzir para 10 por cento o limite a partir do qual o país pode lançar avaliações de segurança nacional sobre a aquisição por empresas não europeias de fatias em companhias alemãs, segundo reportagem do jornal alemão de negócios Handelsblatt neste domingo.

A decisão segue-se a anos de crescente preocupação com o risco à economia alemã em meio ao apetite de prósperos investidores chineses pela compra de participações em empresas estratégicas, que permitiria a elas acesso a importantes e valiosas informações confidenciais.

A aquisição da empresa de robótica Kuka pela chinesa Midea em 2016 surpreendeu a Alemanha, assim como uma inesperada compra mais cedo neste ano de uma fatia de 9,7 por cento na Daimler pela fabricante chinesa de automóveis Geely.

Ministros concordam que percentual que leva à abertura de avaliações sobre a compra de fatias em companhias em áreas relevantes para a segurança nacional deve ser reduzido dos atuais 25 por cento, segundo o jornal, que cita um esboço de proposta nesse sentido.

Em entrevista à Reuters na sexta-feira, o ministro alemão da Economia Peter Altmaier disse que mudanças nas regras são necessárias.

O movimento alemão vem em meio a uma preocupação crescente no Ocidente com as implicações à segurança diante dos investimentos de uma China cada vez mais assertiva.

Os Estados Unidos têm pedido que países europeus não comprem infraestruturas avançadas de telecomunicações da chinesa Huawei sob temores de que a tecnologia possa ser acessível ao Estado chinês. Essa possibilidade foi negada pela Huawei.

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