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Agronegócio preserva o meio ambiente, defende César Hanna Halum

Secretário de Política Agrícola lembrou que produtores deixaram de desmatar 123 milhões de hectares em 50 anos

2 dez 2020 - 05h11
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O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, César Hanna Halum, garantiu que o setor agropecuário brasileiro preserva o meio ambiente e conclamou detratores do País a vir aqui para checar, in loco, essa preservação. Halum participou da abertura do Summit Agronegócio 2020, promovido pelo Estadão. Segundo o secretário, o Brasil tem números que permitem dizer, "com tranquilidade, que o agronegócio brasileiro preserva".

Ao citar a importância econômica do setor para a economia, o secretário disse que 45% das exportações do País são do agro, que também perfaz 21% do Produto Interno Bruto (PIB). O representante do ministério acrescentou que, ao longo dos últimos 50 anos, quando começaram as pesquisas da Embrapa, o País cresceu em produção utilizando menos área. Garantiu que os produtores rurais deixaram de desmatar 123 milhões de hectares no período por causa do expressivo aumento da produtividade.

Voluntário

O secretário comentou, além disso, que o País está no Acordo de Paris "porque quer, porque é voluntário". "Não fomos obrigados a entrar no acordo e estabelecemos planos, por causa dele, que hoje são copiados em todo o mundo, como o Plano ABC, de agricultura de baixo carbono."

Citou também que o Brasil colhe duas safras por ano na mesma área e, com maiores investimentos em irrigação, deve passar a colher três safras anuais, o que aumentaria ainda mais a sustentabilidade do agronegócio brasileiro em termos mundiais. "Não há exemplo maior de preservação do que isso", reforçou. "Além disso, 66% da nossa área territorial está preservada, temos uma política ambiental rígida, como o Código Florestal. Não há país no mundo que preserve tanto e consiga produzir tanto."

Sobre o desmatamento na Amazônia, ele disse que a legislação para o bioma permite que se desmate no máximo 20% para atividades agropecuárias. "E a floresta amazônica foi, até agora, 18% desmatada. Ou seja, ainda se desmatou aquém do permitido."

Gargalos

Ele citou também que o Estado do Amazonas tem 90% da área preservada, embora ali ainda haja problemas sociais a serem solucionados. "Por isso, temos de investir em regularização fundiária; o Ministério da Agricultura tem atuado nisso e o presidente Jair Bolsonaro já disse que é prioridade do governo dele."

Em relação aos problemas sociais, o representante acrescentou que logicamente ainda há muitos problemas no bioma que têm de ser resolvidos, como garimpo ilegal. "Mas a Amazônia é uma área imensa para ser fiscalizada, e isso é um desafio."

O secretário disse, ainda, que o Ministério da Agricultura está trabalhando no sentido da preservação ambiental com base em três plataformas: inovação e sustentabilidade, agricultura familiar (para que seja mais inclusiva e combata a pobreza rural) e ordenamento territorial, com base na regularização fundiária.

Acrescentou, além disso, que o governo tem convidado os detratores a conhecerem in loco como o Brasil preserva. "Recentemente a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, fez um tour pela Amazônia com vários embaixadores", lembrou. Ele finalizou sua fala acrescentando que, no quadro geral, o Brasil tem números diferentes dos que os críticos divulgam lá fora. "Recomendo, para isso, o teste de São Tomé: venham para crer."

Estadão
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