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Ações da Eletrobras disparam após governo anunciar plano de desestatização

22 ago 2017 - 11h21
(atualizado às 14h36)
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As ações da Eletrobras disparavam nesta terça-feira na B3, após o governo anunciar plano de vender o controle da estatal de energia elétrica, em movimento que pode gerar uma arrecadação de até 20 bilhões de reais para a União.

Sede da Eletrobras no centro do Rio de Janeiro, Brasil
20/08/2014
REUTERS/Pilar Olivares
Sede da Eletrobras no centro do Rio de Janeiro, Brasil 20/08/2014 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

Às 11:16, as ações ON da Eletrobras subiam 35,92 por cento, a 19,30 reais, enquanto os papéis PNB ganhavam 25,07 por cento, a 22,30 reais. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 2,01 por cento, operando acima dos 70 mil pontos.

A fatia da Eletrobras que será colocada à venda não foi revelada, mas a desestatização usará modelo semelhante ao adotado em empresas como Vale e Embraer, em que o governo mantém direito a veto em decisões estratégicas da empresa.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o processo será conduzido por meio da emissão de novas ações, diluindo a fatia da União.

Em nota a clientes, a equipe do Credit Suisse destaca que a a proposta de perda de controle por aumento de capital não precisaria ser aprovada pelo Congresso, o que, em tese, facilitaria sua execução. "A ideia de diluição de controle nos parece ser a mais viável, na situação de uma verdadeira tentativa de turnaround na empresa, já que as restrições de empresa estatal e os passivos históricos da companhia impedem uma gestão mais efetiva atual", escreveu a equipe do Credit Suisse em nota a clientes.

"Nós acreditamos que o cenário em que o governo dilua sua fatia em 33 por cento e levante 20 bilhões de reais é um em que: todas as medidas propostas (especialmente as que tornam a empresa de capital privado, com melhor governança corporativa e corte de gastos) aumente o valor de mercado da Eletrobras em mais de 100 por cento; e a Eletrobras capte 20 bilhões de reais em uma oferta primária e pague a dívida de 20 bilhões de reais a bancos públicos. Após esse pagamento, os bancos pagariam dividendos ao governo federal", escreveram os analistas do BTG Pactual.

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