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Ação da CVC Brasil despenca 10% após resultado do 3º tri

8 nov 2019 - 12h12
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As ações da CVC Brasil desabavam na bolsa paulista nesta sexta-feira, após a operadora de turismo reportar o que o analista do Bradesco BBI classificou como "outro trimestre desafiador" para o período de julho a setembro.

A empresa também divulgou a renúncia do seu diretor-executivo de finanças e relações com investidores, Leopoldo Saboya, acrescentando que o atual diretor presidente, Luiz Fernando Fogaça, acumulará interinamente as funções.

Às 11:56, os papéis caíam 10,3%, a 46,47 reais, maior queda do Ibovespa, que recuava 0,9%. No pior momento, recuaram a 46,35 reais.

A companhia divulgou na quinta-feira à noite lucro líquido ajustado de 97,5 milhões de reais no terceiro trimestre, quase estável em relação aos 97 milhões de um ano antes, conforme dados pro forma.

As reservas confirmadas no Brasil totalizaram 4 bilhões de reais entre julho e setembro, acréscimo de 3,1% na base anual pro forma, enquanto a receita líquida caiu 3,6% nessa mesma comparação, para 414,8 milhões de reais.

O resultado operacional medido pelo Ebitda normalizado Brasil somou 176,8 milhões de reais, queda de 7,5% frente ao mesmo trimestre de 2018 considerando dados pro forma.

A CVC também sofreu no terceiro trimestre com custos e efeitos extraordinários adicionais referentes ao colapso da companhia aérea Avianca Brasil, de 45,4 milhões de reais, sendo 31,7 milhões de reais relativos a despesas adicionais (reembolso e acomodação) e 13,7 milhões de reais relativos a processos cíveis.

"Com base nas ocorrências observadas no período de julho a outubro e embarques que seriam realizados neste período, entendemos que podemos incorrer ainda de 30 milhões a 40 milhões de reais de custos adicionais no futuro", disse a empresa.

A empresa também citou em apresentação ao mercado que suas operações de turismo de lazer foram impactadas por aumentos de preços no terceiro trimestre pelo aparecimento de manchas de óleo em centenas de praias do nordeste.

"Esse foi mais um trimestre desafiador para a CVC e esperamos que continue no quarto trimestre, considerando o desequilíbrio contínuo da oferta/demanda de voos no Brasil", afirmou Richard Cathcart, do Bradesco BBI.

O analista também citou que a sinalização pela companhia de aumento da concorrência é mais um componente negativo.

Cathcart, porém, disse que os dados de reservas em setembro sugerem demanda robusta, e afirmou que ainda vê a CVC bem posicionada para capitalizar uma recuperação do crescimento no Brasil. No curto prazo, porém, o 'momentum' segue fraco, disse.

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