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Abimaq comemora decisão de Bolsonaro de manter Ministério da Indústria se eleito

25 out 2018 - 11h43
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A decisão do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, de manter o Ministério da Indústria e Comércio caso eleito foi comemorada nesta quinta-feira pela Abimaq, associação que representa a indústria de máquinas e equipamentos, que disse esperar uma série de medidas de um eventual governo do capitão da reserva para estimular o setor e a indústria como um todo.

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes durante almoço com empresários no Rio de Janeiro 06/08/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes durante almoço com empresários no Rio de Janeiro 06/08/2018 REUTERS/Sergio Moraes
Foto: Sergio Moraes / Reuters

Bolsonaro afirmou na noite de quarta-feira que manterá o Ministério da Indústria e Comércio, atendendo a pedidos de representantes do setor industrial. Inicialmente, a campanha do candidato do PSL estudava unir a pasta com os ministérios da Fazenda e do Planejamento para criar um super ministério da Economia, que seria comandado pelo guru econômico de Bolsonaro, o economista Paulo Guedes. [nL2N1X500G]

"Foi uma demonstração de que ele (Bolsonaro) pretende privilegiar a produção e deve chegar ao fim os tempos de se remunerar mais o capital ocioso do que o produtivo", disse o presidente da Abimaq, José Velloso, à Reuters.

Segundo ele, o setor produtivo tem uma longa lista de demandas para a retomada do crescimento do país, e parte dela foi apresentada ao candidato do PSL em encontro com representantes da indústria nesta semana na casa de Bolsonaro no Rio de Janeiro.

Entre as prioridades estão realizar as reformas da Previdência e tributária como caminhos para cortar despesas e juros; desonerações de exportações e investimentos; abertura comercial ligada a uma agenda de competitividade; estímulo ao crescimento via investimentos; facilitação do crédito do BNDES; fomento à livre concorrência, e estímulo à inovação.

Além disso, a indústria quer, segundo Velloso, mudanças no campo da política econômica. "Achamos que tem que haver maior concorrência entre os bancos e trabalhar para um câmbio sem volatilidade", disse. Dessa forma, destacou o executivo, o país será "mais competitivo, produtivo e estimulará o crescimento".

Além de voltar atrás na proposta inicial de acabar com o Ministério da Indústria e Comércio, que faria parte de uma proposta de reduzir o número total de ministérios para 15, Bolsonaro também disse na quarta-feira estar aberto a negociar uma outra proposta que vinha defendendo, a de unir os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, após ouvir posições favoráveis e contrárias a esta medida partindo de representantes do agronegócio.

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