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2025 é o ano para o Brasil focar na exportação de serviços

Apesar das diferenças culturais, é preciso ser destemido e desmistificar as complexidades de fazer negócios no exterior

4 fev 2025 - 22h11
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Em 2024, o Brasil atravessou uma brutal desvalorização do real. O tombo ainda dói. Mas o dólar nas alturas representa a oportunidade de contratação de brasileiros, que cobram em reais, por empresas estrangeiras, que pagam em dólar.

No Brasil, a prestação de serviços representa 60% do PIB. No entanto, em 2023 exportamos apenas 2% em serviço, enquanto a média dos países da América Latina é de 4%. No mesmo ano, o setor de agro e a indústria brasileira, que equivalem a 40% do PIB nacional, exportaram metade de suas produções.

Os EUA vivem uma economia aquecida, déficit de mão de obra qualificada, e restrições na concessão de vistos de trabalho para estrangeiros. Ao mesmo tempo, o prestador de serviço brasileiro tem formação acadêmica qualificada, veia empreendedora, facilidade para trabalho remoto, cultura compatível com a dos EUA, traquejo da língua inglesa, e isenções de Pis/Cofins e ISS na exportação de serviços.

O fuso entre os países das Américas também joga a favor, variando de uma a três horas, uma vantagem em relação a países concorrentes, como a Índia.

Brasil exporta apenas 2% dos serviços
Brasil exporta apenas 2% dos serviços
Foto: Alex Silva/Estadão / Estadão

Uma boa estratégia para iniciar a exportação de serviços é a subcontratação de empresas brasileiras por companhias americanas do mesmo setor e de tamanho similar. Por serem bichos da mesma espécie, estes profissionais reconhecem sinergias e convergem para uma discussão de preço capaz de gerar valor aos dois lados. Desta forma, a empresa brasileira precisa investir menos na captação de clientes e terá acesso a um volume de trabalho maior. O empresário americano, por sua vez, captura uma parte do ganho e obtém vantagem competitiva graças ao serviço de qualidade por uma fração do preço de mão de obra americana.

A forma mais prática de buscar parcerias é a participação em conferências segmentadas por indústrias, onde participantes estão atrás de boas oportunidades. Como profetizou o ex-presidente americano Calvin Coolidge, cem anos atrás: "O negócio dos Estados Unidos é fazer negócios".

Infelizmente, Câmaras de Comércio Internacionais e consulados não costumam ser eficientes nas prospecções iniciais. Por mais que desejem ajudar, essas instituições desconhecem as peculiaridades e os players de cada indústria.

Apesar das diferenças culturais a serem levadas em conta, é preciso ser destemido e desmistificar as complexidades de fazer negócios no exterior. Lembre-se: quando não sabemos para onde queremos ir, não há vento que sopre em direção ao nosso destino.

Estadão
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