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BC afirma que privatização do Banespa é "marco na história"

Segunda, 20 de novembro de 2000, 17h24min
O governo ficou satisfeito em vender o Banespa por R$ 7,050 bilhões, com ágio de 281,02%. O presidente do Banco Central, Armínio Fraga, afirmou que o Santander, que comprou a instituição paulista, deu um exemplo de confiança no Brasil. "Temos um futuro que vamos conquistar com a ajuda dos que acreditam no País", disse Fraga. De acordo com Fraga, a venda do Banespa é "um marco na nossa história" e "confirma a visão de longo prazo no País." .

Na mesma linha, o secretário do Tesouro Nacional, Fábio Barbosa, declarou que o valor pago pelo Santander para a compra do Banespa indica que os investidores estrangeiros têm uma boa perspectiva sobre o Brasil. Segundo Barbosa, a privatização do Banespa representou um ganho tanto para o comprador quanto para a sociedade. "A venda do Banespa foi uma vitória do contribuinte", declarou.

Para Fraga, o alto ágio pago pelo banco Santander não quer dizer que o preço mínimo estava baixo. "Quem sabe avaliar é o comprador. Se ele pagou um prêmio por isso é porque sabe que passará a ter uma posição de destaque no mercado bancário brasileiro", disse Fraga.

Oportunidade - Segundo ele, no médio e longo prazo apenas "uma meia dúzia de bancos terá atuação nacional". Fraga, disse em coletiva que o Santander, apesar do ambiente turbulento do mercado internacional, "levou a principal jóia da coroa". Isso porque, segundo Fraga, o Santander pagou pela última oportunidade de ganhar grande parte do mercado de uma vez só.

Barbosa informou que os recursos obtidos no leilão de privatização do Banespa serão utilizados integralmente para abater a dívida pública.

Barbosa afirmou que os recursos da venda do Banespa vão servir para aumentar a margem de manobra do Tesouro na administração da dívida pública frente as variações das condições de mercado.

Fraga disse que o Banespa consumiu cerca de R$ 50 bilhões de recursos do governo nos últimos anos. Barbosa explicou que esta cifra equivale ao total refinanciado ao Estado de São Paulo em valores de maio de 1997 para pagamento em 30 anos com juros subsidiados. Barbosa disse que este refinanciamento implicou no saneamento do Banespa e da Nossa Caixa, que hoje são instituições líquidas e na melhora da situação financeira do estado de São Paulo.

Privatizações - Segundo Fraga, o governo pretende continuar privatizando instituições financeiras. Ele disse não ter novas datas de leilões para informar e não respondeu a uma pergunta sobre a privatização do Banco do Brasil, alegando, na repetição da pergunta, não ter ouvido a questão e fazendo uma careta.

Fraga explicou que o Banespa privatizado não terá de manter sua atuação em "políticas públicas", como financiamento a pequenos agricultores, por exemplo. "A privatização deixa clara a separação entre o negócio privado e uma política pública", disse.

Indagado sobre o futuro aumento de remessas de dividendos ao exterior, já que o Santander é um banco espanhol, Barbosa respondeu: "não se pode analisar (a privatização do Banespa) por um único evento.".

O presidente do Banespa, Eduardo Guimarães, disse que "o Santander acaba de comprar um excelente banco com um corpo de funcionários invejável e que tem todas a condições para despontar como um dos líderes do sistema financeiro". Segundo Fraga, "muitos funcionários serão bem aproveitados".

Atendimento - O diretor de Finanças Públicas e Regimes Especiais do BC, Carlos Eduardo de Freitas, garantiu que o atendimento aos clientes, após a privatização do banco, vai melhorar substancialmente. "O banco passa a ter um controlador com ânimo de permanência, que traça um curso de ação e uma estratégia de longo prazo, com custos menores e maior eficiência no atendimento ao cliente", disse.

Guimarães informou que a liquidação financeira do leilão será feita na próxima segunda-feira, dia 27 de novembro. Nesta data, esclareceu ele, também será realizada uma assembléia extraordinária no banco para eleger a nova diretoria do banco paulista, que deve tomar posse no mesmo dia.

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Agência Estado

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