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Máfia russa teria interesse na morte de Safra

Sábado, 04 de dezembro de 1999, 09h54min
Até o início da noite de ontem, nem a polícia francesa, solicitada a colaborar nas investigações, ou o procurador-geral de Mônaco, Daniel Serdet, tinham pistas dos agressores do banqueiro ou dos motivos de sua ação. No meio financeiro, no qual Edmond Safra gozava de uma reputação de homem misterioso, rumores creditavam a repentina morte a um conluio da máfia russa. Seu banco estava bastante comprometido em negócios na Rússia e também sofreu as conseqüências da crise russa no ano passado.

O banqueiro brasileiro Edmond Safra, 67 anos, dono de uma das maiores fortunas do mundo, foi vítima de um dos crimes mais brutais e misteriosos já ocorridos no luxuoso Principado de Mônaco, no sudeste da França.

Safra teve seu apartamento, em Montecarlo, invadido por dois homens mascarados e armados de faca. Ele morreu asfixiado depois que os invasores atearam fogo no prédio enquanto ele se refugiava em um banheiro.

Os dois encapuzados entraram pelo topo do dúplex na cobertura do prédio Belle Époque, no número 17 da Avenida d’Ostende, com vista para o porto de Montecarlo e colado ao Hotel Hermitage. Foi pelo teto do tradicional hotel que os criminosos teriam chegado ao apartamento.

Na invasão, um guarda-costas do banqueiro levou uma facada ao tentar impedir o avanço dos criminosos. O confronto possibilitou que o banqueiro e sua governanta se escondessem num dos banheiros do apartamento. Os invasores atearam fogo no local para obrigá-los a sair do abrigo. Safra e a governanta acabaram morrendo por asfixia por causa da fumaça propagada pelo incêndio.

Os agressores fugiram logo que foi detonado o alarme alertando os bombeiros. A polícia monegasca foi avisada do ocorrido por um telefonema anônimo às 5h30min (2h30min horário de Brasília). No apartamento, se encontravam a mulher do banqueiro, Lily, e a filha do primeiro casamento dela, Adriana. Elas dormiam no andar de baixo e nada sofreram. O guarda-costas ferido se encontra fora de perigo. O incêndio foi dominado pelos bombeiros às 8h (5h de Brasília).

Nascido em Beirute, no Líbano, e naturalizado brasileiro, Edmond Safra presidia o Republic National Bank of New York, o 17º banco em depósitos dos Estados Unidos. O banco está com a venda acertada para o grupo britânico HSBC por cerca de US$ 10 bilhões, dependendo apenas da aprovação das autoridades financeiras americanas. Com a morte de Safra, as ações do HSBC viveram um dia de gangorra ontem.

Safra possuía residências ainda em Nova York, Paris e Genebra, mas ultimamente morava na maior parte do tempo em Montecarlo. Doente do Mal de Parkinson, era constantemente acompanhado de uma governanta. Segundo o prefeito de Villeffranche-sur-Mer, na Côte d’Azur, onde o banqueiro possuía a espetacular Villa La Leopolda, Safra se sentia ameaçado de morte e por isso requisitara os serviços de guarda-costas. O Principado de Mônaco, privilegiado território de riqueza, segurança e tranqüilidade, estava ontem sob choque.

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Agência RBS

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