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Gravações de série exibem humor negro e tensa relação de protagonistas

10 ago 2013 - 17h07
(atualizado às 17h07)
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Discutir a beleza é entrar no eterno confronto entre a vaidade estética com a saúde do corpo. Na recém-lançada Beleza S/A, do GNT, o assunto foge do óbvio ao tratar o cotidiano de uma clínica especializada em cirurgias plásticas com contornos de drama e humor negro. "A série não é contra a cirurgia plástica e tampouco contra a beleza natural, mas a busca pelo belo a qualquer preço ou pela juventude eterna tem desfechos bem tragicômicos", ressalta Marcio Delgado, idealizador da série, criada a quatro mãos com Andrea Ribeiro.

<p>A s&eacute;rie &#39;Beleza S/A&#39;&nbsp;&eacute; fruto da parceria entre o GNT e a produtora O2 Filmes, de Fernando Meirelles</p>
A série 'Beleza S/A' é fruto da parceria entre o GNT e a produtora O2 Filmes, de Fernando Meirelles
Foto: Tricia Vieira/GNT

Protagonizada pelos cirurgiões Alex e Jairo e pela endocrinologista Cleo, personagens de Antonio Petrin, Antonio Saboia e Gabriela Carneiro da Cunha, a produção tem direção geral de Fabrizia Pinto e é fruto da parceria entre o GNT e a produtora O2 Filmes, de Fernando Meirelles. "A ideia foi passar verdade e naturalidade nas imagens. Por isso, o elenco vivenciou todo um processo para se adaptar ao ambiente do consultório e a gente captou tudo como se fosse cinema", entrega Fabrizia Pinto.

Gravada entre os meses de abril e junho, as cenas de Beleza S/A foram todas captadas com preciosismo técnico em câmaras Sony NEX, de alta definição. Os episódios previstos para irem ao ar a partir de 28 de agosto mostram uma acalorada discussão entre o Dr. Alex e seus sócios sobre cirurgias de mudança de sexo e ainda exibem com destaque a função de Esther (Cecília Homem de Mello), assistente de Alex na trama. Ela funciona como uma voz apaziguadora em meio a crises de egolatria dos sócios. "Ela tenta agradar a todos e sabe como contornar os problemas", define Cecília.

Com os trabalhos concentrados no estúdio da produtora, localizado em Cotia, no interior de São Paulo, a série investiu em uma estética que lembra a ambientação e a fotografia de produções americanas premiadas como House e Mad Men. "As inspirações serviram para que a gente conseguisse deixar a série arejada, sem o peso do ambiente fechado. Bem na linha que o roteiro pedia", explica a diretora, que estava à frente das principais sequências da série.

Em especial, as que mostram os conflitos entre os três médicos, sócios na luxuosa Clínica Uberwald. No cenário, o pensamento capitalista de Jairo contrasta com a doçura de Cleo e o desencantamento de Alex. "O Alex vive em eterno dilema e contradição. Ele é muito experiente e abriu a clínica com dois de seus ex-alunos, mas está completamente desiludido em fazer apenas estética. Isso vai se complicando ao longo dos episódios e ele se torna um sujeito meio cruel", resume Antonio Petrin, que se mostra encantado com sua estreia no universo da TV por assinatura. "A O2 e o GNT produziram algo extremamente inspirado e bem feito", elogia.

Ponto feminino e jovem da série, Gabriela Carneiro da Cunha acredita que o fato de sua personagem admirar muito a figura de Alex, mas ser apaixonada por Jairo, dificulta ainda mais a relação do trio, que passa do profissional e acaba ficando cada vez mais confusa. "A cada episódio, o público tem novas informações sobre a tensa relação que eles desenvolvem, onde tudo está em jogo: sexo, poder, influência, respeito. E tudo isso termina no referencial da ética médica. A série tem boas discussões", valoriza Gabriela.

Fonte: TV Press
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