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Protesto em Caracas em apoio a "RCTV" é suspenso após enfrentamentos

27 mai 2017 - 20h03
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Caracas, 27 mai (EFE). - Um protesto que acontecia na zona leste da capital venezuelana para lembrar os dez anos desde que canal "Radio Caracas Televisión" (RCTV) saiu do ar foi suspenso neste sábado depois que um enfrentamento entre manifestantes e policiais aconteceu em uma estrada perto de onde ocorria o evento.

O protesto terminou perante a chegada de alguns feridos, produto dos enfrentamentos na Estrada Francisco Fajardo, que liga o oeste ao leste de Caracas, e onde cerca de 300 manifestantes bloqueavam a via.

"A situação não está boa. São muitos feridos e existe uma tensão que não nos permite continuar com o evento. Por isso, conscientes, como adultos e responsáveis, vamos encerrar o evento, ainda que a ideia fosse mantê-lo até mais tarde", disse ao público o jornalista Isnardo Bravo, ao lado da apresentadora Camila Canabal.

A atividade, que acontecia paralelamente a uma "marcha de oração" organizada pela Igreja Católica e que percorreu o leste da capital, terminou com o hino da "RCTV".

Agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) lançaram jatos de água e bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes encapuzados que fecharam a estrada com dois caminhões.

A concentração que era realizada na Praça Alfredo Sadel reuniu artistas, jornalistas e ex-funcionários da "RCTV", assim como o vice-presidente do Parlamento, o opositor Freddy Guevara, e os deputados Miguel Pizarro, Luis Florido, Juan Andrés Mejía, Juan Guaidó, todos da plataforma Mesa da Unidade Democrática (MUD).

No dia 27 de maio de 2007, a "RCTV" desligou seu sinal, após 53 anos de transmissões abertas, por conta da decisão do governo venezuelano de não renovar sua concessão.

Nos últimos dias também foram convocadas mobilizações pela liberdade de expressão nos estados Lara (oeste), Carabobo (centro), Monagas (este), Anzoátegui (este) e Cojedes (centro).

Há quase dois meses, a Venezuela vive uma onda de protestos. Muitos deles acabaram em violência e tais atos já deixaram 58 mortes e 1.000 feridos, de acordo com o Ministério Público.

EFE   
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