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O SBT, e não a Record, é a emissora do coração de Bolsonaro

Presidente dá atenção especial a artistas que o apoiam abertamente diante das câmeras do canal de Silvio Santos

30 mai 2019 - 09h33
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Não é todo dia que o presidente da República sai de seu gabinete no Palácio do Planalto e vai a pé – para surpresa e preocupação dos seguranças e assessores – até o Congresso Nacional a fim de prestigiar um artista de TV.

Foi o que fez Jair Bolsonaro na quarta-feira (29). Participou de uma sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem ao humorista Carlos Alberto de Nóbrega, do programa A Praça é Nossa. O compromisso não estava na agenda oficial.

O veterano apresentador é apoiador assumido do presidente. Sua atração teve um personagem caricatural do político: Jair Bolsolargo, interpretado pelo comediante Alexandre Porpetone.

Bolsonaro e Silvio Santos: afinidades geraram amizade entre o presidente e o comunicador
Bolsonaro e Silvio Santos: afinidades geraram amizade entre o presidente e o comunicador
Foto: Divulgação

A deferência de Bolsonaro com Nóbrega exemplifica a ótima relação do chefe do Executivo com o SBT e a maioria dos artistas da casa.

Avesso a entrevistas desde que assumiu a Presidência, ele se deslocou essa semana até a sede do canal, em Osasco, na Grande São Paulo, para gravar com Ratinho e Danilo Gentili.

No início do mês, apareceu por 30 minutos no programa de Silvio Santos – a quem visitou em dezembro passado, quando o apresentador promoveu um almoço em sua mansão para festejar seus 88 anos.

Outro veterano SBTista, Raul Gil, também manifestou simpatia a Bolsonaro algumas vezes. A principal estrela feminina da emissora, Eliana, segue o perfil oficial do presidente no Instagram.

O presidente participou da homenagem ao seu apoiador Carlos Alberto de Nóbrega
O presidente participou da homenagem ao seu apoiador Carlos Alberto de Nóbrega
Foto: Marcos Côrrea/Presidência da República / Divulgação

Enquanto isso, a relação de Bolsonaro com a RecordTV parece distante. Desde a posse, ele participou apenas de programas jornalísticos, sem a mesma dimensão da visibilidade em produções populares do SBT.

Imaginava-se que o canal do bispo Edir Macedo ganharia prioridade por conta da afinidade ideológica entre o religioso e o presidente.

Houve na imprensa quem afirmasse que a RecordTV seria uma espécie de veículo oficial da Presidência, com o objetivo de atingir a massa de brasileiros nos quatro cantos do País em oposição à ‘inimiga’ Globo.

Mas parece que Bolsonaro foi seduzido pelo carisma irresistível de Silvio Santos. O lendário comunicador sempre fez questão de manter relação cordial com todos os presidentes.

Foi de um deles, o general João Figueiredo, que ganhou a concessão de sua emissora, em 1981.

Ex-paraquedista do Exército, Silvio Santos compartilha com Jair Bolsonaro a admiração pela vida militar. São agora velhos amigos.

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