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Estreia de ‘Segundo Sol’ prova soberania da Globo em novelas

Primeiro capítulo mostrou trama capaz de melhorar ainda mais a boa audiência da faixa das 21h do canal.

15 mai 2018 - 10h51
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Um cantor de axé decadente é dado como morto num acidente aéreo. Da noite para o dia, o ídolo desprezado renasce para o sucesso póstumo.

Isolado numa ilha, o tal artista, Beto Falcão (Emílio Dantas), decide abrir mão da reconquista da fama por um amor genuíno pela marisqueira Luzia (Giovanna Antonelli).

Mas o belo casal logo será separado por dois golpistas canastrões próximos a Beto: seu irmão Remy (Vladimir Brichta) e sua ex-noiva Karola (Deborah Secco).

Giovanna Antonelli (Luzia) e Emílio Dantas (Beto/Miguel): casal carismático em trama que começou muito bem no Ibope.
Giovanna Antonelli (Luzia) e Emílio Dantas (Beto/Miguel): casal carismático em trama que começou muito bem no Ibope.
Foto: João Cotta/TV Globo

‘Segundo Sol’ começou com essa interessante premissa. O primeiro capítulo, exibido na segunda-feira (14), foi hábil em apresentar os protagonistas e sua respectiva índole (ou a falta dela).

O folhetim de João Emanuel Carneiro está conectado com desejos da era atual, como a fama a qualquer preço e o enriquecimento fácil.

Ao perceber a segunda chance de ser feliz, longe do mundinho fútil das celebridades, Beto Falcão se redescobre como homem.

Mas está aprisionado na farsa da qual aceitou ser cúmplice – e vai descobrir que a mentira, por mais bem intencionada, cobra um preço alto.

Tal conflito está iluminado pelo sol e as cores da Bahia e ritmado por ‘hinos’ do axé em novos arranjos.

Com qualidade dramatúrgica e excelência técnica, o exímio capítulo de estreia reforçou o domínio da teledramaturgia da Globo.

O amor e a separação de Beto (Emílio Dantas) e Luzia (Giovanna Antonelli) mostram potencial para fisgar os noveleiros.
O amor e a separação de Beto (Emílio Dantas) e Luzia (Giovanna Antonelli) mostram potencial para fisgar os noveleiros.
Foto: João Cotta/TV Globo

A trama principal foi contada de maneira simples e leve. É entretenimento eficiente a quem busca oxigenar a mente depois de um dia difícil.

Promete entregar tudo o que o noveleiro quer: romances, vilões carismáticos, reviravoltas, conflitos e humor.

A bela abertura, com muitos figurantes negros (em oposição aos poucos afrodescendentes do elenco), tem até um bloco de Carnaval que lembra o baile funk da vinheta de ‘Avenida Brasil’, também do autor João Emanuel Carneiro.

O efeito que marca o final do capítulo do novo folhetim também faz alusão ao ‘congelamento’ da imagem que criava tanta expectativa no fenômeno da faixa nobre em 2012.

Um erro numa cena de poucos segundos – a aparição de um homem deitado no barquinho ocupado por Beto e o garoto Ícaro (Thales Miranda) – repercutiu nas redes sociais, mas sem comprometer o conjunto da obra.

Hoje em dia, toda polêmica online é bem-vinda, pois gera engajamento dos internautas-telespectadores.

A estreia de ‘Segundo Sol’ marcou média de 34 pontos, de acordo com dados preliminares.

Este índice representa quase 7 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo, principal área de aferição de audiência da Kantar Ibope.

A se confirmar, esse desempenho colocará o início do novelão à frente do desempenho das últimas produções das 9 da noite.

Como diria um bom baiano, ‘Segundo Sol’ “é bala”.

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