Elas se demitiram da Globo para serem felizes fora da TV

Jornalistas mostram que o status de 'global' não garante a realização pessoal

Jeff Benício

8 fev 2017 - 13h10

(atualizado às 18h28)

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O objetivo – ou sonho, se preferir – de muitos jornalistas é trabalhar na Globo. Mas chegar lá não garante a realização profissional desejada tampouco a felicidade pessoal.

Ainda assim, desperta surpresa geral quando um apresentador ou repórter se demite. “Como assim, vai deixar de ser global?”, questionam muitos que gostariam de atuar na emissora líder em audiência e status.

Flávia, Elisangela e Daiana: em busca de outros sonhos
Foto: TV Globo / Divulgação

Em menos de um ano, três jornalistas com atuação diante das câmeras se demitiram do canal. Em janeiro, Elisangela Colodeti, âncora do ‘Bom Dia MG’, se desligou da empresa em busca de mais qualidade de vida.

“Foram muitos anos acordando às 3 e pouco da manhã. Muuuuuito esforço. Não deu pra mudar de horário e chegou a hora de me despedir. Virão novos projetos, novos caminhos”, justificou, numa rede social.

Esta semana foi a vez de Flávia Freire, uma das repórteres mais conhecidas da Globo SP. Eventualmente, ela apresentou telejornais locais e cobriu férias de Mariana Ferrão no Bem-Estar.

“A oportunidade de seguir um novo rumo me atraiu como um ímã. E decidi ir atrás do meu projeto pessoal”, relatou na despedida aos colegas, após 19 anos na emissora. Vai se mudar para Portugal com o marido e o filho.

Em abril do ano passado, Daiana Garbin tomou a mesma decisão: deixar a Globo para se reinventar profissionalmente. “Decidi realizar outro sonho”, escreveu a jornalista. Após oito anos na TV, passou a se dedicar a um canal no YouTube.

Sim, há vida de sucesso fora da Globo e da TV. Mas é preciso ter muita coragem para renunciar ao crachá de ‘global’ e às expectativas e benesses por ele geradas.

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